✰041 - i see a happy end ✰

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Seu beijo era melhor que o de antes, seu corpo não pressionava o meu com força, mas podia sentir a pressão de seus dedos em minha cintura. Levei as mãos até seus cabelos, afagando os fios e, logo após, ele parou o beijo e ofegou.

- Eu não esperava por isso. - disse ele.

- Nem eu, juro. - rio e ele me acompanhou.

- Você sabe que não precisa fazer nada se não quiser, não sabe? Eu juro que só o seu rostinho lindo é motivo suficiente para eu ficar perto de você.

Não pude deixar de sorrir ao ouvir isso, observando Matthew Lee Espinosa no meu sofá, completamente entregue a mim, determinando a me ajudar no que for.

- Isso jamais se passou pela minha cabeça. - disse com certa ironia, que na verdade não se passava de uma piada, e assisti enquanto ele se inclinava novamente para me beijar.

E quando voltei a sentir o gosto bom de seus lábios, naquela sincronia que só os melhores beijos tem, não aquela merda babada que o casal se engole mutuamente e todo mundo acha lindo, aquela sensação bonita e sem pensamentos, nenhumzinho, porque todos estavam voltados em Matthew e no quão sortuda eu era. Talvez nem tanto, porque passos na escadas foram ouvidos, e quando me virei, pude ver minha mãe.

Ela nos observava sorrindo e, quando viu que notamos sua presença, abriu os lábios em surpresa e se desculpou.

- Olá. - disse Matthew, visivelmente envergonhado, e com o rosto vermelho.

- Matthew, essa é minha mãe. Mãe, esse é o Matthew, meu amigo de escola. - ela sorriu da escada e acenou para nós.

- Bem, eu meio que já estava saindo, até Annabeth... Amanhã na escola, claro, tchau! - ele se embola consigo mesmo e só consigo rir enquanto ele sai, aturdido, sem nem se despedir.

- Ele é bonito. Gosto dele. - ela me disse.

- Também gosto, mãe.

- Vocês namoram? - neguei com a cabeça - Se conhecem a muito tempo? - neguei novamente - Transam?

- MÃE! - ela se encolheu ao meu grito e depois riu junto comigo - Não, não transamos.

- Que bom, isso me deixa melhor. - ela falou - Quer comer? - quando neguei, ela saiu para a cozinha e subi para o meu quarto, esperando que o melhor aconteça. Porque era isso que eu desejava, não a imagem concretizada do Matthew, só alguém me ajudasse a superar meus medos, fora o desempenho da minha mãe nas últimas semanas que estava melhorando muito, ela falava mais e saia do quarto agora, além de puxar assunto comigo às vezes.

Agora, lá no horizonte, onde antes eu sempre via uma linha instável e desfocada, na qual eu sempre temia a proximidade, eu via clareza, e, talvez, um final feliz.

ruined innocence ➳ matthew espinosaOnde histórias criam vida. Descubra agora