Elizabeth Davidievna. Senhorita Davidievna. Esse era meu nome público e eu realmente nunca entendi como a mídia lisentina nunca me associou à princesa Elizabeth de Aqualis.
E por que eu estaria na mídia? Simples, eu era ninguém mais, ninguém menos que a namorada de Carter Henrique Grace, o herdeiro da cadeira de segurança do parlamento.
Estávamos juntos há dois anos e minha vida ia às mil maravilhas. Eu tinha o namorado mais atencioso do mundo e os melhores amigos possíveis: Anneliese e Gustavo.
Carter não sabia quem eu era. Nunca apresentei meus pais à ele formalmente, embora eu conhecesse o seu, a madrasta e os meios-irmãos. Quanto mais tempo ele passava longe dos meus pais, menos chance tínhamos de que ele descobrisse a verdade sobre minha família.
Claro que ele conhecia meus irmãos e frequentava minha casa, mas nunca esbarrava nos meus pais. Sinto-me mal por isso. No fundo, o relacionamento foi construído em bases instáveis com minha constante omissão. Mas que opção eu tinha?
Eu só tinha sete anos quando deixei o palácio de Aurion, sequer me lembrava de muita coisa. Mary Amanda, Louis e o resto da minha família eram um borrão na minha mente, apenas algumas esporádicas memórias. De nós, o que mais se lembrava da vida real era Leonard, meu irmão mais velho. Às vezes ele sentava conosco, os mais jovens, e contava histórias sobre a vida no palácio, coisas que não lembrávamos.
Aventuras por passagens secretas remanescentes de antes da mutação, quando o nome do país ainda era outro. Mitos e lendas sobre as propriedades reais e a família, coisas que nos enchiam de vontade de voltar a morar em Aqualis.
Nós acompanhávamos de longe nossa família da forma que podíamos. Mary, a princesa herdeira, estudava em um Instituto renomado de Caelis, enquanto seu irmão permanecia em casa, no palácio de Crinios. Ela foi para lá não muito tempo depois de deixarmos nossa casa e estava lá há quase 10 anos.
Ela tinha um relacionamento para lá de indecoroso com um plebeu rico, assim como meu irmão tinha com Alexia. Ambos estudavam no local e palpites sobre uma união mais longa viviam surgindo por todos os lados.
O meu relacionamento, ao contrário dos deles, era mais que aprovado. Carter era um nobre, membro do parlamento. Uma possível união entre a princesa de Aqualis e o Lorde de Lisenti era algo que muito satisfaria meu avô, soberano de Aqualis.
Ninguém da minha família poderia herdar o trono do Reino da Água. Com exceção de mim, todos os meus irmãos tinham herdado os poderes da minha mãe, portanto, todos controlavam o gelo. Uma bela combinação, eu diria. Fogo e gelo são de fato peculiares.
Todos os Windsors eram absolutamente iguais. Cabelos loiros dourados, olhos azuis da cor do mar, ou cristalinos como gelo, e aquela pele bronzeada de quem passa o dia na praia. Bem, todos os Windsors, menos eu. O que constantemente gerava fascínio nas pessoas que me viam ao lado dos meus irmãos. Carter me perguntou uma vez se eu era adotada.
Apesar das minhas atitudes frias, eu espalhava calor por onde passava. Carter costumava dizer que me abraçar no inverno era como se embrulhar com um cobertor quentinho.
Éramos um casal peculiar, de fato, eu toda séria e discreta, graças ao protocolo real enfiado goela abaixo em mim, e ele todo doce e dado às pessoas. E o que melhorava ainda mais as coisas é que eu sabia conquistar as pessoas, sou discreta, mas ainda uma princesa, ensinada desde cedo a cativar as pessoas ao meu redor.
No fundo, eu gostava da vida que eu levava. Eu nasci para a vida pública, afinal, mesmo que em Lisenti fosse diferente e com bem menos protocolos. Um fator bem óbvio nisso era como meu namorado me chamava em público: Beth.
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A Intercambista - Livro 1 Trilogia Windsor's - AMOSTRA
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