Capítulo XI

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   — Oque acontece?

   — Nao sei... nao... onde estamos?- ele responde com outra pergunta, totalmente perdido e olhando curioso em volta

  — No escritório de Alkajar, nao lembra que viemos aqui saber a verdade que ele sempre esconde de todos?! Isso se ele realmente esconde algo...- Ela mostra ainda nao acreditar plenamente nisso.

    — Espera, então... Isso é dele?- ele olha para o frasco em sua mao.                         Imediatamente, ele sente outro fragmento de memória surgindo em sua cabeça.

   Desde que teve o apagão em sua mente, ele tem tido esses fragmentos que o lembram de momentos separados mas que parecem formar uma cena única, da qual ele nao consegue se lembra completamente, por mais que tende.

    A lembrança que tem, agora nao e de uma cena, e sim de um cheiro, o mesmo cheiro que ele sentiu a pouco, porem muito mais intenso.

   Ele começa a fazer forca, usando o máximo de suas habilidades mentais para captar o restante da memória, enquanto Micaele volta a circular, percebendo que naquele momento o melhor a se fazer era deixar Jetro sozinho, ja que ainda nao entendia muito bem como seus poderes psíquicos funcionavam.

   Ela anda mais, ate chegar em uma parede com uma estranha marca de abertura, algo nada normal em paredes a abertura, apesar de visível, era pequena demais para ela poder puxar com os dedos, então ela se concentra, fecha os olhos, e lembra dos ensinamentos de Elnara e Al-Jetro, combinando suas palavras.

    Assim, ela move seus dedos e, com eles, a água presente em um copo na escrivaninha se move também, flutuando pelo ar e indo ate a abertura, conforme Mica ordenava.

   A água se divide em pequenos cordões que se moldam desde a abertura ate seus dedos, ate que, com um puxão de sua mao, a abertura e arrastada, mostrando uma porta com outra sala menor dentro, assim que ela anda ate la dentro, ouve Al-jetro gritar?

   -MIca, eu lembrei!

   Al-Jetro, usando suas habilidades mentais, havia conseguido acessar uma parte do seu cérebro que armazenava memorias ja perdidas pela sua percepção, lembrando assim, de que havia sido Kajar que o envenenara com aquele mesmo po, nao so antes de seu apagão, mas em todas as outras vezes que ele apagou, que foram muitas desde quando chegou ali na cidade.

    Junto com elas, vieram também os motivos pelos quais ele fizera isso em todas as vezes, pois Al-jetro ja tinha sentido essa desconfiança outras vezes assim como agora, e, assim como agora, ele investigara e descobrira a verdade varias vezes, mas era pego por Kajar em todas, e apenas acordava depois desses momentos, desmemoriado e com Alkajar agindo normalmente

    — Imagino o que tenha lembrado, Jetro!

   Al-jetro anda ate a sala, antes oculta,sem entender o por que dela ter dito aquilo, mas lembra da vez em que ele encontrou a mesma sala, e do que descobriu la dentro.

    — Que Alkajar nos manipulou todo esse tempo, que mentiu para nos e para todos que vivem nesse e noutras cidades e clãs, e que o Alkajar... Nao e o verdadeiro Alkajar!

Mestres da CriaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora