Demônios

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Suas palavras se erguem.

Elas machucam,

e talvez libertem.

O sangue que jorraram,

é um caminho marcado.

Mas tuas veias não encheram.

Não do mesmo,

que já se foi.


Isso dói, amarga,

E, machuca.


E a terra que lavra, 

pesa, como um pecado.

Se não solta teu fardo,

não se livra.

E o pecado que carrega,

enterra.

Nessa terra de demônios.


Escravos do pudor.

Essa dor do negro escravo, senhor.

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