Cidade

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A redoma que existe,

em cima do meu pescoço.

Persiste!


Me fizeram de vidro e madeira.

Para que nada saia,

e nem entre na minha mente herdeira.


Me botaram olhos e beleza.

Em uma tentativa falha,

de uma igualdade a realeza.


E então percebemos,

que nós nascemos puros,

Mas seguimos leis.


E meus ouvidos carecem,

mas minha boca falta espaço.

Cheia de minhas meras palavras que desmerecem.


Num é a cor da pele,

nem a religião.

Que te persegue.


É essa redoma que ara e planta,

na minha mente herdeira.

De que a coisa mais bela, são nossas inseguranças. 

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