CAPÍTULO 26

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SÓ O TEMPO MESMO

Heitor

Sinto um meus músculos tremerem de raiva ao olha-la deitada nesta cama de hospital. O médico está saindo quando seguro seu braço.

— Ela não se lembra do que aconteceu. — eu falo ele me olha.

— Isto é normal, o seu próprio subconsciente está evitando os fatos que lhe causaram esse estado, quando ela estiver pronta vai se lembrar. — ele olha para minha mão em seu braço, mas eu continuo.

— Isso pode durar quanto tempo?

— Impossível eu lhe dizer, pode ser horas, dias, semanas. — ele dá de ombros. — O importante é ela descansar evitar locais com muito movimentado, barulhento o resto depende dela mesma. — olho para ela dormindo profundamente.

— Esse remédio vai lhe deixar assim por quanto tempo?

— Umas três horas por aí, você pode ir comer algo tomar um banho. — ele aponta para minha roupa. — Ou daqui a pouco vou ser chamado para atender você. — falando isso ele sai. Vou até Jéssica faço levemente um carinho, dou-lhe um beijo.

— Volto logo minha linda. — falo para ela apesar de saber que ela não me responderia.

Quando estou saindo, vejo Luciana, sentada na sala de espera.

— Você pode ficar com ela? Tenho umas coisas pra resolver. — ela me olha de cara feia.

— Claro né Heitor, antes de você era eu quem cuidava dela. — concordo com a cabeça. — Agora ela tem a nós, mas como ela está? Já acordou?

— Ela acordou não se lembrou de nada, ficou agitada reclamou de fortes dores, então aplicaram mais uma dose de medicação para aliviar, o médico falou que ela vai dormir novamente. — ela segura meu braço.

— Pode ir sossegado eu fico qualquer coisa te aviso. — Agradeço e saio para rua atrás de um táxi.

Quando chego em frente a minha casa, me dou conta que não tenho as chaves.
Aperto o interfone na esperança da diarista estar em casa. Graças a Deus ela estava. Assim que ela abre vou direto para a cozinha. Peço para me preparar um lanche e vou tomar um banho. Depois de tomar banho sento na cama, ligo pra Alceu.

— Tudo certo, fez o que mandei?

— Sim, a perícia recolheu as digitais ninguém teve acesso a cela até a chegada deles.

— Ótimo, eu não vou hoje, qualquer novidade você me liga.

— Certo. Hum... Dr. como ela está?

— Está bem dentro do possível.

— Que bom, tudo vai dar certo. — lembro que ele e Jéssica ficarem amigos de uns tempos para cá. — Melhoras para ela.

— Obrigada Alceu, quando ela acordar falo que você perguntou por ela.

Desligo lembro da questão do carro. Procuro o número de uma locadora, e alugo dois carros. Depois de me trocar vou até o closet e arrumo uma mala com tudo que vou precisar por esses dias. Fecho a mala, tranco meu quarto e desço para comer. Encontro Rosana na cozinha. Coloco a mala aos meus pés.

— Obrigado. — sento na bancada mesmo, e começo a comer. — Não vai precisar arrumar o meu quarto esses dias vou deixá-lo trancado. — ela concorda com a cabeça.

Quando estou quase terminando, ouço barulho na porta e logo Silvia entra na cozinha. Continuo comendo. Ela passa vai até a geladeira.

— Boa tarde Heitor. — não olho para ela.

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