CAPÍTULO 41

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SIM, EU ACEITO

Jéssica

            
Todos sempre falam, que nossa vida passa como um filme, quando estamos prestes a morrer. Eu já passei por situações de risco, perigo, e outras coisas. Mas no momento eu estou divagando por imagens da minha vida, como se estivesse prestes a morrer. O tempo parece ter parado.
        
— Jéssica, você ouviu o que falei? — olho para Heitor parado a minha frente.
        
— É, parece que ouvi. — olho em seus olhos. — Porque? — ele ri.
        
— Porque o que? Porque quero casar com você?
        
— Por que não me falou?
        
— Era uma surpresa, se te fale-se deixaria de ser. — cruzo os meus braços, o conheço muito bem.
        
— Surpresa ou uma maneira de me fazer aceitar? — ele passa as mãos no cabelo, vejo o quanto está nervoso. — Você fez tudo de caso pensado, não é mesmo? Me levou para acampar para me tirar daqui.
        
— Primeiro, te levei para acampar porque tinha prometido isso a Isa e sim acabei usando isso a meu favor.
        
— E todo mundo dentro daquela casa sabe? — pergunto me virando para olhar o mar.
        
— De dentro daquela casa a única que não sabe de nada é a Isa, porque no caso de você não aceitar ela não teria maturidade para entender. — me viro para ele.
        
— Então eu tenho a opção de escolha? — ele fica sério, cruza os braços.
        
— Você sempre tem a opção de escolha Jéssica.
        
— E se eu aceitar nos casamos hoje? — ele confirma com a cabeça. — E a documentação?
        
— Já dei entrada, ficam prontos daqui uns dias, hoje será somente uma reunião familiar com o juiz.
        
— Será? Então vai ser?
        
— Antes de você negar. — ele olha rapidamente para o mar e se volta para mim, é nítido seu nervosismo, ele realmente acredita que eu possa dizer não. — Eu não quero que você desista de nada, quero que você corra atrás dos seus sonhos e os realize, mas quero que isso seja ao meu lado.
        
— Certo. — falo pensativa. — Porque você acha que eu negaria?
        
— Eu não sei , você é meio imprevisível.
        
— Eu sou imprevisível? Você arma tudo isso e eu sou a imprevisível, Heitor? — ele abaixa o olhar. — Sua sorte é que eu te amo, já tenho a Isa como minha e quero uma vida com você. — ele me olha. — Mas eu aceito as concessões que você colocou.
        
— Isso é um sim? — ele se aproxima.
        
— Sim, é um sim. — me agarra me levantando, me beija, escuto várias palmas e gritinhos, pelo visto estavam todos olhando. — Pelo visto a platéia também estava na dúvida. — falo quando ele se afasta.
         
— Acho que a dúvida era qual iria dar certo.
        
— Qual o que? — ele me olha.
        
— Qual plano.
        
— Você tinha planos? E, minha opção de escolha?
        
— Você sempre a terá, mas nunca falei que aceitaria numa boa, se negasse. —fico de boca aberta, com o que ele admite.
        
— E posso saber qual era a segundaopção?
        
— Te amarrar na cama e te convenser. — ele dá de ombros.
        
— Você não teria coragem para isso. — olho em seus olhos e não vejo nem um resquício de dúvida. — Voce faria, Heitor! — concluo. — Isso é jogo sujo. — dou um tapa no seu braço.
        
— Nunca falei que jogava limpo Jéssica, eu jogo, mas jogo pra ganhar.
        
— Safado!
        
— Gostosa. — ele me segura pela cintura. — Minha esposa gostosa.
        
— Meu Deus não acredito que vou me casar hoje.
        
— Eu também não, se isso te faz se sentir melhor.
        
— Você realmente cuidou de tudo né?
        
— Sim.
        
— É, então vamos nos casar. — Jogo meus braços para cima, e grito com o susto ao ser levantada do chão e jogada no seu ombro.
        
— Meus Deus Heitor, você tem que parar de fazer isso. — dou um tapa na sua bunda. E ele rebate na minha.
        
— Nunca. — ele não me põe no chão.

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