c a p í t u l o 6 :

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–Connor Sharman? Falar sério Scarlet! Que tipo de nome é esse?

Essa havia sido a reação do Justin logo após eu ter dito quem era o meu par não tão misterioso para a festa de amanhã. Ele parecia um pouco frustrado e logo de cara demonstrou que não curtiu nada sobre isso, o que era uma pena porque eu iria de qualquer forma.

–Você não me respondeu se o conhece ou não. –Cruzei os braços.

–É claro que eu conheço, esse cara é uma mala. –Bufou. –Fora a fama estranha que ele tem por aí, não que eu queira falar sobre, mas acho que você deveria rever sobre seu par para a festa.

Rolei os olhos.

–Não seja tão extremista assim, ele parece ser um cara legal. –Murmurei sincera, eu gostava de dar uma chance para as pessoas. Especialmente para aquelas que eu não conhecia, olha só eu e Justin somos amigos agora e é a prova de que...

–As aparências enganam. –Ele disse completando meus pensamentos.

–Eu sei, nós somos amigos. –Rebati.

–Ouch, essa doeu. –Murmurou com a mão no peito, fingindo dor. –Escuta o que eu estou te falando e sai dessa enquanto ainda tem tempo.

–Sem chances, eu vou a essa festa com o Connor quer você goste ou não. Isso ainda é uma decisão Sherlock, eu sinto muito por você.

–Sky, ele é um otário.

–E se eu gostar de caras assim? Você não pode me controlar dessa forma, você é meu amigo e não meu pai.

–Eu te conheço.

–Não o suficiente para dizer sobre o tipo de cara que eu gosto ou não!

–Tudo bem, se você quer ir com ele a essa festa pode ir, não tenho como te impedir mesmo. Só fique sabendo que eu estarei lá, de olho.

Ele era inacreditável.

–Não estrague as coisas para mim Justin. –Suspirei. –Eu saí do Texas porque queria tomar minhas próprias decisões. Queria poder errar e aprender com os meus erros, mas queria sentir que estava fazendo a coisa certa sem que me julgassem a todo instante. Por favor, não se torne como eles. –Ele sabia que eu me referia aos meus pais. –Eu quero ser uma universitária e quero ter a experiência completa. Desde notas baixas e madrugadas em claro estudando para a prova do dia seguinte até lidar com caras otários. –Ri através do nariz. –Eu posso não ser muito aberta a essa ideia ainda, mas eu quero me divertir dessa forma que você, a Jenny, o Ryan se divertem. Acho que eu só preciso de um empurrãozinho ou talvez precise aprender a como fazer isso sozinha. –Ele sorriu e acenou com a cabeça.

–Eu estarei lá. –Pausou, me fazendo arquear as sobrancelhas. –Mas eu prometo que não irei estragar as coisas.

–Obrigada.

–Só vou intervir caso ele avance dos limites.

–Quais são os limites? –Eu gargalhei só de imaginar a cena na qual meus lábios quase tocam o do Connor e Justin aparecia com uma expressão durona, tipo um pai ciumento, mandando ele se afastar. Isso era tão ridículo!

–Você verá!

Neguei com a cabeça e puxei minha mochila de uma das cadeiras, bem no instante que o sinal tocou. Justin se levantou da mesa e veio logo atrás de mim, mas seguimos caminhos diferentes. Ele tinha treino e eu precisava achar a minha carona pra casa.

 Ele tinha treino e eu precisava achar a minha carona pra casa

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