Os dois últimos horários passaram com uma Joohyun confusa e desatenta. Desenhava no final do caderno sem ao menos ouvir o que o professor falava.
— Srta. Bae? - ouviu seu nome ser chamado pelo professor que parecia irritado.
— Sim?
— Preste atenção na aula, por favor.
Irene assentiu com a cabeça e fingiu estar escutando por uns três minutos, até que cansou e voltou ao seu desenho. Quando o sinal bateu, Wendy veio conversar.
— Baechu
— Oi Wendy.
— Aconteceu alguma coisa? Você estava distraída hoje, achei estranho.
— Nada não, só não me concentrei, estou com bastante sono -riu.
— A mesma dorminhoca de sempre - sorriu e tocou o braço da amiga com ternura. Escuta, baechu. Eu sei que errei com você. Que fui grosseira e insensível. Me desculpa, prometo ser melhor.
— Tudo bem Wannie, também fui dura com você, desculpa por isso.
As meninas se abraçaram e Joohyun saiu da sala sorridente. Finalmente as coisas estavam boas entre ela e seu anjinho. Wendy entrou em sua vida e lhe trouxe coisas incríveis. Ela não queria estragar a amizade. Andou até a sala de Seulgi, onde achava que a menina esperaria por ela. E lá ela estava, enquanto tentava arrumar seu calçado e segurar um livro grande ao mesmo tempo. A menina se abaixou e se desequilibrou, quase caindo de cara no chão. Irene se juntou a ela rindo e a ajudou com o livro.
— Você é muito desastrada Seulgi hahaha hahahaha.
— Não tem graça - mudou sua feição.
— Ya, você está braba comigo? — Irene se aproximou fazendo beicinho. Por favor seul, não fica brabinha.
Seulgi começou a sorrir mas voltou a fechar a cara.
— Seulgi - irene abraçou a menina por trás. Por favor me perdoa sua bobinha- mexia com os braços da menina.
Seulgi pressionou os olhos e se virou para a menina, abraçando-a de volta. Elas ficaram assim por longos segundos, sentindo suas respirações. Irene jurou que nunca tinha recebido um abraço tão aconchegante na vida. Não queria que aquele momento morresse. Nunca. Mas o telefone tocou e elas tiveram que se separar.
— É minha mãe - Seulgi sorriu. Preciso ir.
As duas foram até a saída da escola e se despediram com um aceno de mão enquanto dobravam em lados opostos. Quando Irene chegou em casa, foi direto comer, estava faminta. Comeu sozinha. Como de costume, seus pais não estavam em casa. Subiu até seu quarto, onde passou o resto do dia estudando e lendo.
Durante a noite, a menina decidiu ligar para Seulgi por vídeo enquanto fazia um bolo de chocolate.
— Bae - Seulgi cumprimentou— Oi anjo. Estou cozinhando.
— Não faz isso comigo, estou faminta.
— Você é tão preguiçosa que não consegue levantar para comer?
— Ya Joohyun, respeite minha preguiça por favor.As meninas seguiram em silêncio enquanto Irene terminava seu bolo.
— Sabe, eu fiquei um pouco curiosa sobre o que aconteceu hoje.
— Sobre? - Seulgi indagou.
— Aquela menina que te chama de Seul.
— Ah - Seulgi parecia querer fugir do assunto. Acho que o forno já está quente o suficiente, confere lá.
Irene ficou em silêncio e levou a forma até o forno.
— Sabe Joohyun, eu quero muito te contar sobre essa história, mas prefiro que seja pessoalmente.— Tudo bem, eu entendo. Não quero te forçar a nada também.
— Não se preocupe com isso.
— Bom, eu vou revisar meus cadernos enquanto o bolo fica pronto, então vou desligar.
— Não por favor — Seulgi soltou. Prometo não fazer muito barulho, mas posso ver você estudando? Gosto da sua companhia.
— Tudo bem - Irene suspirou. Pegou seu caderno e continuou conferindo as matérias. Uns trinta minutos se passaram e ela já não ouvia mais barulho nenhum vindo do outro lado da tela. Pegou o celular e percebeu na tela que Seulgi estava com a cabeça no travesseiro. Estava dormindo. Joohyun desligou a chamada e mandou uma mensagem para a menina.
Joohyun: Você fica fofa dormindo. Até amanhã Seulgi.
Oi.
Eu sumi por uns dias devido a bloqueio de criatividade e problemas psicológicos. Tive varias crises nos últimos dias e não tive como escrever, desculpem. Prometo voltar
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Asexual, Seulrene
FanfictionOnde Irene é assexual e tenta aceitar isso enquanto lida com outros problemas e pressões sociais, quando encontra Seulgi e se sente em casa.