Nota da autora: Só para deixar claro antes do início da história, eu escrevi isso com 13 anos (tenho 18 atualmente) então não esperem uma obra de Shakespeare kkkkk tinha tanta coisa cringe q eu até revisei e alterei algumas partes.
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Século XVIII – 1734 (Konohagakure)
Era uma noite de lua nova, as ruas da Aldeia estavam desérticas pois já tinha se passado das oito da noite. Em um quarto com paredes cheias de mofo, uma cama com um colchão duro e com ausência de claridade, havia uma garota com frio que estava encolhida no chão se balançando para frente e para trás. Soltava alguns gemidos e tremia, suas roupas eram simples e velhas, tão velhas que não cabiam direito na moça magra de fome. Quem visse, falava que tinha alguma doença. Entretanto mesmo estando em estado de calamidade a jovem continuava com seu ar de beleza intacto. Podia se dizer que era uma das meninas mais bonitas da Aldeia. Seus cabelos com um tom azulado e seus olhos brancos perolados faziam qualquer homem suspirar. A garota residia em um manicômio, mesmo alegando não ter nenhuma doença psicológica. Era maltratada, passava fome, não tinha higiene adequada, usada como empregada e muitas outras atrocidades aconteciam com a pobre menina que na época tinha dezesseis anos. A jovem ouviu batidas na porta de seu quarto e olhou na direção do barulho.
- Hinata, se arrume porque você sairá daqui hoje. – Uma das mulheres que trabalhava no manicômio disse jogando sem nenhuma delicadeza algumas roupas limpas em Hinata. – Tome um banho e venha até o salão principal, tente não aparentar que é uma louca. – Após informar à garota, a mulher fechou a porta deixando Hinata sozinha novamente.
Ela se perguntava para onde iria. O que mais almejava era sair daquela espelunca, todavia tinha medo de ir para um lugar pior do que lá. Sem outras opções, fez sua higiene, penteou os cabelos e vestiu a roupa. Era um vestido azul com pequenas flores brancas. Ao terminar de se arrumar, Hinata saiu calmamente do seu quarto e dirigiu-se ao salão principal.
[...]
Um pouco antes...
Uma carruagem luxuosa adentrava no quintal do hospício sem avisos. De dentro saiu um homem e uma mulher bem vestidos, aparentemente ricos. Os dois tinham um colar com um símbolo parecido com um leque, o sinal que eram do clã Uchiha. O casal se apressava para chegar logo na porta, não queriam perder tempo. Quando um dos funcionários abriu a porta, entraram sem cerimônia e exigiam a presença do dono do manicômio. Um homem pálido com uma máscara cobrindo a boca e o nariz surgiu de imediato.
- Como posso ajudar? – O homem perguntou, se sentando no sofá da sala. - Sentem-se.
Os Uchihas sentaram no sofá de frente e iniciaram a conversa.
- Ficamos sabendo que Obito fugiu daqui. – A mulher falou.
- Senhora Mikoto, peço desculpas pela falta de competência de meus funcionários. Nós fizemos de tudo para que isso não ocorresse.
- Kakashi agora o meu clã está ameaçado e não tem como reverter a situação, quero que você me diga algo plausível para acreditar nas suas desculpas. E também assim que houver devolução do dinheiro que te dei para manter Obito aqui e como “louco”, perdoar-lhe-ei do acontecido. – O homem posicionou-se sobre a situação.
- Obito fugiu após a sessão de tortura, ele até matou um doente e roubou um cavalo. E b-bem a questão do dinheiro... – Kakashi coçou a nuca. – Não tenho nenhuma moeda para devolver, mas posso pagar de outra forma, Senhor Fugaku.
- Dê que forma um dono de hospício pode beneficiar? – Fugaku indagou com um tom sarcástico.
- Não é só o clã Uchiha que vem aqui para internar indivíduos “incômodos”. – Kakashi sorriu por debaixo da máscara. – Posso dar uma criada para sua esposa.
- Acho uma boa ideia. – Mikoto se alegrou.
- Hum. Que assim seja, só espero que não seja realmente uma mulher louca. Tem que ser educada e de confiança. – Fugaku disse.
- Então está tudo resolvido. Vou mandar buscar melhor de nossas pacientes.
[...]
Depois de Hinata descer as escadas para o salão, Kakashi pegou seus ombros e mostrou a garota para o casal.
- Está é Hyūga Hinata, uma jovem bela e disciplinada. Sempre fica na sua e não causa problemas. – O Hatake levou a Hyūga ao casal.
- Parece uma moça direita. – Mikoto olhou Hinata de cima em baixo, abanando seu leque. – Ela serve.
Os Uchihas foram embora do manicômio levando consigo a azulada que por dentro pulava de alegria por estar saindo daquele inferno. Na viagem até à mansão principal do clã Uchiha, Hinata não abriu a boca em momento algum. Ao chegar, primeiro saiu da carruagem Mikoto e Fugaku respetivamente, depois a nova criada.
- Hinata, é aqui que moramos. – Mikoto apontou para a mansão.
Na sala receptiva, os filhos do casal os aguardavam de pé perto da entrada.
- Esses são Uchiha Itachi e Uchiha Sasuke. Meus filhos. – Mikoto disse sempre com um sorriso no rosto.
- E quem é ela? – O mais novo perguntou arqueando uma sombrancelha.
- É Hyūga Hinata, a minha nova criada. – A mãe pegou a mão da jovem e subiu as escadas indo para o quarto. – Bom querida, vou te dar roupas novas e mostrar seu quarto. Se sinta livre para perguntar qualquer coisa. Amanhã eu lhe mostrarei seus afazeres. – A mais velha deu um punhado de vestimentas para a azulada e puxou o corpo frágil da mesma mostrando o novo quarto o qual era em frente ao do casal.
O quarto não era muito grande, porém tinha uma cama que pela estrutura parecia ser nova, um guarda roupa de madeira médio, uma linda penteadeira e no fundo do quarto uma portinha que dava em um banheiro. Hinata vendo sua nova vida, num impulso, abraçou sua madame com lágrimas nos olhos.
- O-Obrigada, Senhora Uchiha.
[...]
Na noite seguinte...
TOC TOC
- Entre. – Itachi gritou.
- Estou com fome. – Sasuke entrou no quarto e sentou-se do lado do irmão. – Hoje está deserto, se alguma pessoa estiver nas ruas sozinha, podemos atacar.
- Você bebeu sangue de três pessoas faz quatro dias, não deveria estar com fome nem tão cedo. E eu estou com sono. – Itachi pegou o edredom e se enrolou.
- Eu acabei de ver a Izumi saindo para caçar. – Sasuke falou propositalmente. – Talvez podemos acompanhá-la.
- É, pode ser perigoso uma dama ir sozinha. – O mais velho saiu das cobertas em um pulo e foi colocar os sapatos.
Sasuke deu um sorriso vitorioso e saiu do quarto antes do irmão. Quando saiu, bateu de frente com alguém.
- D-Desculpe-me. – Hinata fez uma breve reverência e saiu andando em passos largos.
- Hum.
- Vamos Sasuke? – Disse Itachi aparecendo atrás dele.
- Vamos.
[...]
- IZUMIIIIIII!!!!!!! – Sasuke gritou pela garota enquanto corria para alcançá-la.
- Idiota. Não grite! – Itachi chegou por trás e pôs a mão na boca de Sasuke. – Quer afastar as presas?
- Huuum hummm. – Sasuke murmurou.
- Itachi! Sasuke! – Izumi abraçou o par de irmãos. – Vieram se alimentar?
- Sim. – Itachi respondeu e beijou a namorada.
Os três partiram da entrada do clã, iriam saborear o delicioso sangue humano. O que muitos não sabiam: O clã Uchiha era um clã de vampiros.
Continua...
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The light of my obscure life
FanfictionDuas histórias, distanciadas pelo tempo e interligadas pelo destino. O coração de um vampiro é sombrio e obscuro, o único sentimento que pode mudar é o amor. Entretanto sempre há impedimentos para a felicidade, isso inclui a morte. Nenhum de nós é c...