Cap.2 Não.Eu não ia olhar.

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Passar a noite conversando o com a Isabelle foi o melhor momento do meu dia depois de tanta decepção, mas será que eu podia culpá-lo? Ele estava tão embriagado que eu deveria ter pensado na possibilidade dele não se lembrar, mas eu fiquei tão encantada com o que ele me disse, que sempre imaginou como seria me beijar, me deixei levar, na verdade nenhum de nós dois tem culpa, agora eu só queria esquecer, esquecer como evitando o Charlie? Mas eu era obrigada a conviver com ele todos os dias... Talvez eu devesse começar a enxergar outras pessoas...

Três dias tinham se passado, tinha acabado de sair de uma aula insuportável e fui almoçar, tinha algumas opções de com quem me sentar: Isabelle minha colega de quarto e amiga completamente louca extrovertida, os colegas de classe da aula de ciências, os colegas de classe de ética e cidadania, meus “amigos novos” + Charlie e Spencer .

Isabelle, definitivamente Isa, Isa, Isa! Peguei minha comida e me dirigi para a mesa quando ouvi Charlie me chamar:

– Hey, Ali!

Não. Eu não ia olhar.

Sentei-me a mesa com Isabelle.

– Oi. Caiu na gandaia? - Perguntei já que ela estava sozinha e soltei um risinho me lembrado do jeito engraçado com que nos conhecemos.

– Acredite se quiser... Não. Eu te falei que meu professor de calculo 3 era louco, virei no dormitório do meu grupo fazendo uma porcaria de trabalho. E você o que fez depois que eu saí?

– Só dormi mesmo, conversar com você foi muito bom.

– E aquele garoto que te chamou? Por que você não foi falar com ele?

– Não vale a pena...

– Não vai me dizer que ele é o...?

– Ele mesmo, em carne e osso, e sabe o que mais me revolta? Eu perdi um domingo com a minha família achando que ele ia pra casa e no final ele resolve ficar aqui.

– Se eu soubesse que o cara era esse eu tinha mandado você ir, ele nunca vais pra casa no domingo desde que chegou aqui.

– É bom saber, assim no próximo eu já vou e evito mais um dia com ele.

– Olha eu acho que evitar não é a melhor saída.

– E qual é a sua sugestão?

– Não sei, nunca passei por isso.

– Muito obrigada pela ajuda.

– Hey?! É assim que me agradece?!

- Isabelle fingia indignação, o que eu achei muito engraçado.

– Calma, eu sei reconhecer a sua ajuda, agora eu tenho que ir.

– É bom mesmo...

Estava indo de volta pro meu quarto quando passei pela mesa de Charlie, não sei bem o motivo, mas Spencer parecia me fuzilar com os olhos parecia que estava querendo me matar, mas pode ter sido só impressão minha afinal que motivos ela teria pra isso?

Estava chegando no meu quarto quando alguém me puxou pelo braço e me encostou na parede ficando com o corpo colado ao meu, meu coração disparou, estava morrendo de medo depois fui ver que era Charlie , mas ao invés de me acalmar meu coração começou a bater mais forte agora com uma sensação diferente de medo... Paixão, quem sabe amor?

– Que susto Charlie,  quer me matar?

– Precisava falar com você...

– Certo, mas dá pra soltar meu braço?

Charlie me soltou e eu pude me afastar da parede... Consequentemente dele também.

– O que você quer? O tempo de falar alguma coisa já passou.

Childhood of  friends (OFF)Onde histórias criam vida. Descubra agora