Sr. Wayland

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Aaron Wayland

Cheguei em casa e pensei em ligar para o Levi perguntando sobre os negócios que eu mandei resolver.

– Sim chefe já tiramos o corpo e o sangue do local.

– Ótimo, não quero nenhum vestígio.

– Sim senhor, os corpos estão sendo encaminhados pra fora do país. Amanhã mesmo serão eliminados.

– Ótimo, não esqueça de jogar o telefone fora. Até amanhã.

– Claro, boa noite chefe. – Quebrei o celular e joguei fora, minha irmã estava no outro quarto, decidi ir falar com ela.

– Paola você está bem?

– Estou. E você?

– Sabe que vindo de mim essa pergunta nunca terá resposta.

– Você conseguiu salvá-la? – Ela perguntou enquanto guardava seus sapatos.

– Consegui. Ela é um tanto diferente da mulher que aparentava ser... – Paola riu.

– Explique melhor irmão.

– Depois que eu joguei o cara, eu saí e ela veio atrás de mim e começou a fazer um monte de perguntas.

– Quais perguntas? – Ela se sentou na cama. – Senta aí.

– Qual era meu nome, porque eu ajudei ela, ela também disse que queria me agradecer de alguma forma! – Paola riu de novo.

– O que mais?

– Ela correu na escada pra tentar me alcançar e acabou caindo, eu peguei ela a tempo.

– Aonde? – Ela me perguntou com a sobrancelha arqueada.

– Pela cintura.

– Ela estava de salto?

– Sim, ela ficou com o rosto quase grudado na minha cara e também ficou constrangida se é isso que queria saber!

– Na verdade eu tinha perguntado pra associar a Cinderela...

– Oh... é, tudo bem, então... ela não perdeu os sapatos.

– Sabe você tá meio eufórico, ansioso, desconcertado... Você não acabou afim dela não né?

– Pfff, por favor Paola, você sabe que eu não gosto de ninguém.

– Você da última vez ficou assim, fingindo que não sabia de nada, que não tava interessado, mas eu vou te falar uma coisa se você deixou a minha chefe que é extremamente séria correndo atrás de você, com certeza você balançou as estruturas dela.

– Você acha?

– Viu? Você tá afim dela!

– Eu não to afim dela!

– Eu te falo onde ela mora se você assumir.

– Boa noite Paola. – Levantei da cama e fui indo pra porta.

– Hahahaha Boa noite Aaron. – Fui pro meu quarto e tirei minhas roupas, decidi tomar um banho pra tentar esfriar a cabeça, hoje foi um dia corrido, achar o cara que estava me devendo, cobrar ele, dar um prazo, matar ele, salvar uma garota. Amanhã temos que vender as peças e mandar o produto para os traficantes... Mas o Levi e o Diego podem fazer isso. Após lavar o cabelo acabei pensando naquela mulher de mais cedo, o vermelho do vestido e do batom em sua boca, combinando com o vermelho de minha gravata... droga estou reparando demais nela. Você não quer me dizer seu nome! Como uma mulher daquelas faz manha? No meio da escada, com aqueles lábios, aquele corpo colado no meu... Aaron pare de pensar nisso! Soquei a porta de vidro do Box, por sorte não quebrou, respirei fundo e peguei minha toalha. Me sequei e vesti uma cueca apenas, deitei em minha cama e fiquei olhando pro teto tentando achar algum pensamento interessante que não envolvesse aquela mulher. Acho melhor ir dormir, ou podem acontecer coisas inapropriadas pra um cara como eu.



Minerva Schneider

Eu to doidona no meio da pista com o Luan e a Diana, o drink na mão, a gente descendo até o chão! Altos caras gatos, Diana estava arrastando a bunda no chão e Luan arrastando o rabo nos caras.

– Minerva, você devia parar de beber um pouco. – Trevor veio me dar broncas, de novo? Mas que meleca!

– Naum... Você! Devia curtir também...

– Não, é sério vocês estão descabelados e a Lady Martínez ali já perdeu os cílios postiços. – Eu encostei nele e fiquei lá, cansei de dançar. – Alexandre chama o Hendrick e o Sávio , os três estão embriagados aqui!

– Tô com sono... – Ele me segurou e segurou a Diana também. Em alguns instantes os outros chegaram e nos levaram embora. Eu entrei no carro, mas.. eu acabei dormindo...


Paola Abravanel

Acordei agora, deve ser umas oito da manhã, levantei e fui pro banheiro, fiz minha higiene depois voltei pra arrumar a cama. Terminei e fui pra cozinha onde encontro meu irmão tomando café.

– Bom dia. – Falo pegando uma xícara.

– Bom dia.

– Dormiu bem?

– Sim e você?

– Também... Isso são panquecas? – Comecei a rir, geralmente meu irmão não faz o café da manhã. – Você não fez o café da manhã, fez?

– Talvez. – Ele bebeu um pouco do café e depois se voltou pra mim.

– Manda logo a real Aaron. Você não faz nada pra mim, ou você manda seus subordinados fazerem ou me manda fazer. – Cruzei os braços olhando pra ele.

– Qual é? Eu não posso fazer mais nada pra minha irmãzinha?

– Você quer o endereço? Assuma que gostou dela, não faça café da manhã. Agora eu vou tomar banho daqui a pouco eu tenho que trabalhar, é melhor se apressar se não só amanhã. – Terminei de tomar o café, coloquei a xícara na mesa e sai da cozinha.

– Não vai nem comer as panquecas?

– Não. – Fui pro meu quarto e peguei as roupas do trabalho e deixei em cima da cama.

– Paola. – Pulei com o susto.

– Da pra bater na porta? Céus!

– Eu to curioso não afim dela agora passa o endereço.

– Por que quer o endereço dela? Vai espioná-la?

– Talvez. Quero saber pra quem minha irmã trabalha.

– Só não assusta ela, não deixa ela saber que você está lá, se não ela vai chamar a polícia.

– Tá bom. Não esquece de trancar a porta quando sair.

– Você já vai sair?

– Vou pegar minhas coisas, anota o endereço no papel. – Ele saiu do quarto e eu comecei a rir animada, ele precisa de uma mulher pra esfriar essa cabeça dele.

– Ae irmãozinho, quanto tempo tem que você não transa? – Peguei um papel e comecei a anotar o endereço, ele parou na porta do meu quarto e ficou esperando. – Então? Responde.

– Me da logo o papel, eu não vou responder essa pergunta.

– Ah qual é! Toma, já vou avisando que ela não transa no primeiro encontro.

– Tchau Paola. – Ele saiu e fechou a porta, entrei no banheiro rindo. Finalmente ele vai ficar de bom humor! Imagina se aqueles dois são certo? Aaaah! Eu tenho que tomar banho.

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