Jonas
O rosto daquele idiota finalmente melhorou, tecnicamente agora eu teria que convencer a Diana... – Aaron, eu vou lá falar com a garota sobre o treino.
– Não! Você vai querer mesmo envolver ela nisso?
– É complicado, não é questão de querer mas de ser necessário.
– Necessário para o que? Ela vai se machucar, eu não vou deixar uma garota como ela entrar nisso.
– E que tipo de garota ela é? Porque até onde eu vi, ela faltou bater em Asmodeus, a Diana não é uma criança! Ela vai saber se virar! Ela quase bateu em você hoje. – Aaron é teimoso, nessas últimas semanas da qual eu estive com ele, o garoto só ficava me contradizendo em tudo! Dava raiva!
*Flashback on
– Quando você for emanar energia tem que ser com intenção, se não vai machucar, ela pura pode chegar a dilacerar alguém. Tenta de novo.
– E por que eu tenho que treinar isso? Eu podia estar treinando combate! Ou alguma arma. – Revirei os olhos. Fiquei pensando porque não escolhi um garoto bonzinho tipo Jesus, Moisés ou alguém nesse nível! Se bem que só os arcanjos cuidam de pessoas assim....
– Acredite energia vai ser bem importante nas suas lutas.
– E com quem eu vou lutar usando energia? Com a lâmpada? Hahaha. – Puta que pariu...
*Flashback off
– Deixa que eu chamo ela então! Quer dizer, eu causei isso tudo mesmo.
– Tá bom então. – Otário, ela vai ficar puta com ele. Saímos do hospital, depois de me despedir da Bálsamo obviamente, ela é legal... Assim, é a Bálsamo né... Trocamos favores a medida do possível, mas nada que passe disso... Será que eu quero que ultrapasse? Aaron deixou Diana em casa e depois foi pra dele ficamos conversando dentro do carro, senti que ele estava um pouco revoltado, nervoso até diria chateado. Sinceramente, essa garota amoleceu ele, não sei se é bom ou ruim eles ficarem juntos... Vou avaliar com o tempo se preciso vou uni-los ou separa-los. Subimos, tocando a campainha sua irmã abre a porta animada.
Aaron Wayland
Finalmente cheguei em casa, sério nunca tive um primeiro encontro tão fracassado quanto esse... Ela nunca mais vai me ver... Ela nem vai querer me ver... Fui direto pra cozinha, peguei uma garrafa de Whisky e abri enchendo até a metade do copo. Bebi um pouco e me deparei com a cara de Paola expressando um sorrisinho. – Qual foi?
– Como foi o passeio?
– Uma merda, não quero falar sobre isso. – Peguei o copo e a garrafa, fui em direção ao meu quarto e fechei a porta, não quero falar com ninguém por enquanto.
Diana Campbell
Cheguei em casa, com um pouco de dor de cabeça, não é como se eu fosse odiar ele, eu só preciso assimilar tudo que aconteceu hoje... Apesar de tudo, ele foi atacado e eu quase morri de uma forma extremamente aleatória.
– A senhorita está bem? – Vi Jeffrey me esperando na sala.
– Mais ou menos, eu estou um pouco cansada.
– Como foi no encontro? Geralmente, a senhorita sempre chega comentando algo. Parece até um pouco chateada. – Ele pegou minha bolsa e me acompanhou até meu quarto.
– Foi o encontro mais estranho da minha vida...
– Quer que eu ligue pra Senhorita Minerva e pra Lady ?
– Sim, seria bom. Obrigado Jeffrey. Eu acho que vou tomar um banho. – Ele saiu, me deitei na cama e fiquei pensando no dia de hoje... Olhei a marca no meu tornozelo, parecia uma mão, com certeza era uma mão! Fiquei pensando no Aaron, que saiu com o rosto todo inchado de lá. Ele... tecnicamente me colocou em perigo. Levantei e fui tomar banho logo, tirar aquelas marcas do meu corpo.
– Senhorita? – Escutei Jeffrey chamar.
– Sim?
– A Lady e a Senhorita Schneider chegarão em 15 minutos, elas me pediram pra lhe avisar.
– Obrigada Jeffrey. – Falei fechando o chuveiro, o que eu faço em relação ao Aaron? Quer dizer, ele estava com um cara estranho... O Jonas. Fico pensando o que o Aaron fez de tão errado pra acabar com um cara daquele estilo perseguindo ele. Depois de me trocar, desci indo até a cozinha, eu sempre acabo indo pra cozinha comer, passo pela bancada e vejo o buquê de peônia dentro de uma jarra. Aquelas flores, ele não é o cara que da buque de flores...
– Sabe que eu concordo? – Escutei uma voz feminina atrás de mim, me virei assustada vendo um vulto passar.
– Eu achava que estava ficando louca, mas nem tanto...
– Você não sabe quem sou eu? – Vejo uma mulher parada do meu lado, me afasto cautelosamente tentando achar uma faca ou algo do tipo. – Vou te contar uma coisa, seu amigo Aaron está em uma enrascada e você também. – A mulher sorriu, vi ela parar na minha frente.
– O que você quer?! – Comecei a ficar nervosa com aquilo. – JEFFREY! – Os olhos dela viraram ficando totalmente branco, eu comecei a tremer, o que estava acontecendo?
– Senhorita o que-... – Jeffrey mau conseguiu terminar suas palavras, ela se movia rápido, mal dava pra ver. Ela o levantou pelo pescoço sufocando-o pouco a pouco.
– Espera! O que você quer? Jeff! Sua louca! Solta ele! – Tentei ir pra cima dela, mas ela evaporava como água em ebulição. – Mas que porra! Volta pro inferno!
– Com prazer! – Senti um puxão de cabelo, seguido pela sensação de estar caindo em algum lugar, só sei que eu não consegui ficar acordada pra saber...
2 horas depois...
Minerva Schneider
Bati na porta repetidamente, esse infame não vai abrir? Comecei a chutar a merda da porta. – AARON, ABRE ESSA PORRA! – Luan já estava impaciente e eu também por sinal. Escutei a tranca, abriram finalmente e vi o rosto de uma garota.
– Eu posso ajudar? – Ela disse com um certo medo.
– Cadê o Aaron?
– Olha, depende de pra quem é... – Uma voz masculina brotou do fundo.
– Minerva e Luan. Somos amigos da Diana. Ela está aí com vocês? – Luan falou quase empurrando a menina da porta.
– Não, ela não está aqui por quê? Aconteceu algo a ela? – Um garoto de cabelo cacheado apareceu. – Paola entra e chama seu irmão.
– A Diana mandou chamar a gente, há duas horas mais ou menos e quando chegamos na casa dela, não havia ninguém! O mordomo estava desmaiado e não acordava de jeito nenhum, procuramos ela pela casa toda e nada! E ainda tinha um círculo preto no chão da cozinha... – Eu tentei explicar pro cara, aquela era minha última esperança de achar a Diana já que o Aaron foi o último a ver ela.
– Quem é? – Aaron estava com uma cara péssima e com uma garrafa de whisky na mão.
– Ele tá bebado? – Luan perguntou.
– Um pouco, a garrafa acabou tem uma hora. Ele só não saiu do quarto mesmo. – A garota disse.
– A Diana sumiu, Aaron. Temos que achá-la. – O garoto de cabelos cacheados se pronunciou.
– Como ela sumiu? Eu deixei ela em casa! – Aaron balbuciou um pouco tonto.
– Acho que eu já sei o que houve. Puta merda por isso eu falei que tínhamos que treinar ela.
– Da pra alguém me explicar o que está acontecendo?
– É simples Minerva. Arrastaram ela pro inferno.
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Runassance
ÜbernatürlichesInaugurado com o propósito de entreter as pessoas, Runassance fica marcado com acontecimentos que acabaram atraindo o perigo tanto físico como sobrenatural.