Victor Aguiar
"Ataque em Runassance", matéria de hoje na primeira página. Sinceramente, eu sou ótimo no que eu faço, é capaz de ninguém ter reparado em mim, quem sabe eu não ganho uma promoção? " O local foi inaugurado nessa sexta-feira (27), composto por três andares, o subsolo foi comprometido devido ao ataque do integrante rebelde conhecido por 'Varg', a polícia chegou quinze minutos depois do ocorrido, mas segundo as testemunhas quase ninguém teve acesso ao caso. Nenhum dos donos deram depoimento de acordo com o delegado..."
– Aguiar! – Levantei da mesa indo até o escritório do meu supervisor. – Preciso que você cubra o caso do Red Devil.
– Certo, eu tava fazendo a matéria do ataque em Runassance.
– Victor, minhas fontes disseram que Red Devil esteve no local. – Impossível! Eu teria visto.
– Mas como? Eu estava lá. Eu teria visto ele.
– Aguiar, não importa! Eu quero você colado no Red Devil, se conseguirmos a prova que ele estava naquela festa de algum jeito, qualquer jeito! Vamos ter uma puta manchete.
– Tudo bem. Farei o necessário. – Sai revirando os olhos, tudo que eu havia escrito já era. Basicamente todo trabalho que eu escrevi vai ter que ser jogado fora. Pelo menos isso ainda pode me render a promoção, mas vou ter que ir atrás de alguns contatos primeiro.
Aaron Wayland
Faz quase uma semana que eu estou focado só no trabalho, depois da minha quase morte umas coisas estranhas andaram acontecendo...
Flashback On
.... Levantei me sentindo dolorido, vou direto para a cozinha pegar um café. Infelizmente ficar em casa o dia inteiro não é uma opção quando se trabalha com o que eu faço. – Bom dia Paola.
– São 13 horas Aaron.
– É só modo de dizer. Tem café?
– Acho que sim, pega a xícara que eu coloco para você. – Andei até o armário e puxo.
– AARON! QUE PORRA É ESSA?! – Ouço Paola gritar.
– Que foi?
– Você arrancou a porta! – Olhei para minha mão ainda na maçaneta do armário de copos. – Como você fez isso?
– Eu não faço nenhuma ideia. – Deixei-a em cima da mesa e com calma tentei pegar a xícara. – Tudo bem, devia estar quebrada já é não reparamos. Oh merda. – A xícara foi rachando até quebrar na minha mão e deixar alguns cortes.
– Aaron Wayland, senta ali e não toque em nada, vou pegar um pano.
– Eu falei para você que eu tinha que ficar na sua cola. – Ouvi Jonas falar.
– E daí?
– E daí que você não voltou dos mortos como um ser humano normal. Você está mais forte, mais rápido, mais perspicaz. E pode se preparar porque você vai ter visões.
– Visões? Isso é coisa de filme. – Falei enquanto olhava minha mão parar de sangrar aos poucos.
– Ah, isso, sua coagulação também melhorou. As chances de morrer de hemorragia agora são bem mínimas lhe garanto.
– Então quer dizer que tudo que eu tocar vai quebrar?
– Não é isso, mas você tem que reaprender a controlar sua força. Nossa sua irmã demora tanto para pegar um pano? – Ele levantou e foi atrás dela. Minha mão ainda ardia, mas o sangue tinha secado pelo menos. Céus onde eu fui me meter? Às vezes eu fico pensando o que poderia ter ocorrido se eu tivesse continuado lá com.... A Diana. Não vou poder ver ela até eu me recuperar, se antes eu era estranho agora eu sou quase um monstro. Mas quem se importa? Eu sempre me fodo mesmo.
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Runassance
ParanormalInaugurado com o propósito de entreter as pessoas, Runassance fica marcado com acontecimentos que acabaram atraindo o perigo tanto físico como sobrenatural.