CAPÍTULO ONZE

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DYLAN

Fiquei olhando Dakota caminhando em direção à água tentando entender o que acabou de acontecer. Puta merda. Porque ela está tão na defensiva? Céus, tudo que eu fiz nesses dias foi vê-la de longe na tentativa fajuta de fingir que não me importo e dar a ela o que achei que ela precisava. Liberdade e espaço. Mas essa merda de fingir indiferença começou me incomodar além do normal, e de que adiantou eu fazer o que ela queria e me manter afastado? Ela parece mais próxima de Thomás e agora me trata como se eu não passasse de maldito estranho.

Minha semana foi uma merda completa fiquei tão irritado que quase soquei Thomás em diversos momentos do meu dia. Passava mais de horas me inteirando dos assuntos da empresa e chegava em casa tão exausto que não tinha tempo de nada só me jogar no sofá e dormir. Pela manhã quando acordava Dakota não estava mais em casa, segundo minha irmã me falou hoje quando estava saindo para correr como de costume no final de semana, ela não fez nenhuma refeição em casa desde que chegou, é como se ela não quisesse ser notada. Isso me deixou mais irritado ainda. Onde caralhos ela está se alimentando? Não pensei duas vezes em sair atrás dela e não foi difícil acha-la na praia. Ela não quis admitir mais adorou a vista no meu quarto percebi isso no brilho dos seus olhos, era provável que seu primeiro passeio seria conhecer as águas geladas e salgadas do Pacífico. E mais uma vez eu estava certo. A frente do meu campo de visão Dakota adentrou na água e meus olhos se arregalaram.

Céus, isso só pode ser brincadeira, caminho pisando duro pela areia e entro na água sentindo o frio arrepiar minha pele. Qual o problema dessa garota? Ela não tem medo de ter uma crise de hipotermia? Chego a sua frente e vejo seus olhos se arregalaram na minha direção. Como se eu estar aqui fosse novidade! Em volta da minha cintura as ondas agitam-se me obrigando a afundar os pés na areia para me manter em pé. Vagarosamente os olhos castanhos e ávidos da Dakota param no meu peito nu e de repente eu gosto da idéia de estar sem camisa, eu reconheceria esse olhar a quilômetros de distância, luxúria. Dakota ainda mantém os olhos no meu corpo como se quisesse lambê-lo. Caralho. Caralho. Eu preciso ter foco. Isso não ajuda em nada. Preciso que ela tire os olhos do meu corpo agora mesmo.

— O que você acha que está fazendo? — questiono encarando seus olhos castanhos.

— Não é óbvio! — ela finalmente encara meus olhos e tenta disfarçar dando de ombros.

— Que você está agindo igual uma criança? Sim, isso eu percebi. Sai dessa água Dakota antes que você fique doente. — ordeno em um tom mais baixo.

— Porque você acha que possuí algum poder sobre mim? Me deixa em paz! — vira de costas. Dou mais um passo colando nossos corpos e seguro sua cintura por trás para sussurrar em seu ouvido.

— Porque você não deixa de ser tão teimosa?

Seu corpo fica tendo sob meu toque. Sem esperar que ela me afaste a seguro nos braços.

— Me solta agora! — grita começando a se debater.

— Não. Você está gelada e com frio.

— Não estou com frio! — ralha irritada.

Faço menção de colocá-la sobre a água novamente e vejo seus lábios tremerem levemente.

— Tem certeza que não? — dou risada caminhando para à margem.

Assim que chego na areia a coloco no chão e ela rapidamente se afasta, imediatamente a sigo.

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