Capítulo 10

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- IMUTÁVEL E ETERNO -

Pov Geral

Já era quase fim de mês, o povo de Las Vegas não poderia estar mais agradecido e a polícia e organizações da lei mais confusas, pelas duas últimas semanas deste mês várias pessoas tiveram contas e dívidas pagas por ninguém mais e ninguém menos que as três criminosas das mais procuradas mundialmente, não que não tenham sido o propósito deixarem saber que foram elas.

Pov Sam

Haviam borboletas, um enorme jardim de grama verde e tão vivo, podia sentir a brisa do vento e o soar dos pássaros, então algo aconteceu, de repente, de um por um as belezas foram desaparecendo. Primeiro o canto dos passarinhos, então o céu e a grama, de repente eu me perco em uma escuridão sem fim, ainda posso sentir o vento e vejo então as borboletas indo embora, voando para longe de mim, corri e corri, gritava e chamava por elas, perguntava aonde iam e o que estava acontecendo, pedia que me esperassem, mas então veio um brisa forte, que me fez fechar os olhos com força, o vento soprava e eu estava contra ele, tentava me proteger com os braços, mas eu era muito pequena, uma criança assustada em meio a um mundo perdido, foi quando a ventania passou, abri meus olhos e não havia mais nada, nem borboletas, nem vento, apenas e somente a escuridão do obscuro.

Do nada um clarão, tão forte que me forçava os olhos e quando suavizou, me deparei comigo sentando assustada, fora tudo um sonho, suspirei. Estava numa cama macia e num quarto estranho, eu não reconhecia aquele lugar, as paredes e o chão pretos, uma porta em cada parede, desci da cama para tentar abrir qualquer uma delas, porém estavam trancadas, tantas portas e mesmo assim estou presa aqui. Sentei na cama e suspirei pesadamente, abaixando a cabeça e deixando uma lágrima descer... Foi quando ouvi um bater de porta e levantei meu olhar, encontrando um casal discutindo, eram tão furiosos e impulsivos, falavam tantas bobagens que me pareceu até familiar, no ombro do homem tinha um bichinho, como um monstrinho vermelho e sorridente, um sorriso travesso, o mesmo ser pulava do ombro de um para o ombro do outro, sabe que ele até me era familiar... É mesmo! Ele era o monstrinho da raiva! Meu pai me contava algumas histórias para explicar sobre o mundo, uma vez, quando perguntei porque as brigavam e gritavam com as pessoas que amam, ele me disse que era culpa de um monstrinho vermelho e danado, que gostava de brincar com os sentimentos dos outros, ele fazia você falar muita coisa feia e que não devia falar e magoar os outros. Observando melhor aquele homem também não me é estranho, ele se parece muito com meu pai quando mais jovem, é ele! E a moça deve ser minha mãe, até que se parece com a dona Pamela.

Então um barulho de algo metálico caindo ao chão soou atrás de mim e me virei, ouvi mais barulho de discussão, voltei meu olhar à cena anterior, mas eles não estavam mais lá, por isso, me decidi por tentar entender o que acontecia na outra porta e me levantei andando até lá, parando quando a mesma foi aberta e vi a Pamela segurando o trinco, no outro braço malas e ela gritava com meu pai, até que ela disse que cansou de viver assim e puxou as duas garotinhas gêmeas pelo braço de cada uma, todavia o meu pai segurou uma delas pelo outro braço e isso forçou Pamela, que depois de alguns minutos discutindo, decidiu levar apenas uma, batendo a porta logo em seguida de sua saída, vi a gêmea que ela levava ainda mirando a porta com o rosto banhado em lágrimas e então elas sumiam em uma fumaça branca.

Um enorme som de tiro foi ouvido e me virei para encarar uma porta escancarada pouco distante de mim, corri até ela temendo que aquilo estivesse acontecendo de novo, mas meu temor só foi confirmado, novamente, ali estava o corpo morto de meu pai, ensanguentado e com desespero no olhar, os mesmo olhos que estavam fixos em um ponto, que seu braço esticado no chão também parecia seguir, levei meu olhar àquele ponto específico, já sabendo o que encontraria, minha eu de cinco anos chorando e mirando, com um ódio descomunal e horrível para uma pessoa da sua idade ser obrigada a sentir, o assassino de seu pai. Meu rosto estava completamente encharcado e a porta se fechou brutalmente em frente o meu rosto.

✨3 Problemas Em Um Só - 2° LIVROOnde histórias criam vida. Descubra agora