- CASAR É SE COMPROMETER -
Seus olhos azuis se abriram e piscaram para que sua visão focasse, os sons do ambiente foram se tornando presentes e a mulher percebia devagar que estava no hospital, mais precisamente em um quarto hospitalar, as memórias chegaram em sua mente nublada do antigo estado de inconsciência e a loira disparou tentando se sentar, uma tontura a atingindo, fazendo-a recostar-se em seus braços, levando a mão à testa.
Sam: Por que eu estou aqui?
Xx: O médico falou...
A cabeça da loira disparou para o dono da voz, se surpreendendo ao encontrar Freddie no canto do quarto em uma cadeira de rodas com a perna e o braço ainda imobilizados
Freddie: ... Que você passou mal por uma grande quantidade de tensão e estresse acumulado
Sam: Não, não - Sorriu incrédula - Sam Puckett não desmaiaria por uma bobagem dessas!
Freddie a olhou nos olhos dessa vez e se aproximou dela e ela se sentou direito apreensiva
Freddie: Não, a Sam Puckett não desmaiaria - Ele pegou na mão dela e apertou - Mas a Sam Puckett grávida precisa saber que é mais vulnerável e precisa tomar cuidado
Sam: Eu só estou grávida, não com uma doença fatal! - Puxou sua mão do aperto dele e se sentou na beira da cama, suas pernas estendidas do lado
Freddie ficou lá, por instantes de silêncio, a mão deitada no colchão, encarando a parede, em sua visão periférica podia ver Sam fixando o olhar no outro lado do quarto, ele suspirou e encarou a corrente em seu pescoço, segurando a aliança que tomava o lugar do pingente
Freddie: Essa é a primeira vez que não a uso no dedo - Olhou o braço imobilizado até o início dos dedos, escondendo a marca clara do anel em sua pele - Sabe porque?
Sentiu o olhar vacilante da loira para a corrente em seu pescoço
Sam: Não quero saber - murmurou, abaixando a cabeça e desviando o olhar
Freddie: Pelo mesmo motivo que você nunca tirou a sua - O moreno viu o movimento de Sam escondendo a mão e sentiu vontade de sorrir - Quando subimos naquele altar, quando colocamos pela primeira vez essas alianças, firmamos um compromisso, fizemos uma promessa, eu prometi cuidar de você, Sam, prometi sempre te manter sendo primeiro lugar em tudo na minha vida, prometi está ao seu lado para te dar apoio sempre, prometi te fazer feliz, mas acima de tudo eu prometi te amar até o fim dos meus dias. Eu sei que posso e quero manter minha promessa. Quero ficar com você e cuidar do nosso filho, não importa mais o que te fez fugir, não me importo com explicações, só quero que dessa vez fique, e se tiver que ir, me leve junto. Casar é se comprometer, Sam. E eu me comprometo a dedicar todos os meus dias a você - Nesse momento ele segurou sua mão e Suspirou antes de olhá-la nos olhos
Com um leve aperto em sua mão, Freddie pediu permissão para fazer parte da vida da loira, com um aperto de retorno, Sam aceitou e sentiu seu coração leve pela primeira vez em tantos anos.
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Robbie: E então? Ela está bem?
O moreno perguntava à ruiva que momentos antes havia saído desesperada ao saber que a amiga passou mal
Cat: Ela está bem - Respirou fundo e sorriu - O Freddie resolveu tudo, ninguém saberá que a Sam está aqui. Sem polícia ou agentes nas portas do quarto dela.
Robbie: Eu disse, ele ainda a ama, assim como o Beck ama a Jade - Deu de ombros
Cat: Uhun - Mordeu o lábio incerta
Robbie: O que foi? Era pra eu ter dito "como eu te amo", né? Eu sabia que era! Droga! - Bateu em seu rosto frustrado
Cat: Não é isso, é só que... Será que o Beck vai ficar bem? Eu ainda não vi a Jade, e se o que eu ouvi estiver certo, ela está até agora no quarto dele, sem comer, sem dormir, ela vai morrer?!! - Ficou nervosa no final de sua divagação
Robbie: Tudo bem, Cat, ela vai ficar bem, ela não está sozinha - Sorriu consolador
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No canto do quarto com os olhos treinados no adormecido, a morena mexia nervosamente com uma tesoura, lágrimas descendo uma por uma por seu rosto, o rosto já não tinha expressão alguma, seus olhos vermelhos do choro constante, as olheiras começando a marcar, o cabelo pouco despenteado, sentiu o estômago roncar, uma dor e um mal estar, sabia que era a fome e sabia que estaria bem pior, senão já internada, se não fosse pelos pratos de comida que enfermeiras traziam para ela, os mesmo que ela pouco tocava, revirava-os sem apetite, as vezes forçava uma ou duas colheres e abandonava a comida. Com fome, mas sem conseguir comer. Seus olhos nunca abandonando o homem na cama.
Sentiu um ardor e olhou para a mão, vendo que apertou demais e deve ter puxado a lâmina em sua palma, sentiu uma leve raiva de si mesma e puxou a lâmina mais, crescendo o corte, depois grunhiu e afastou a tesoura, a deixando de lado e ponderou se deveria ir no banheiro parar o sangue e cuidar do corte, mas não conseguiu, e se Beck acordasse enquanto ela estava tratando uma droga de corte?! Não, Jade limpou o sangue em sua blusa e sentiu a dor, fechando os olhos e não mudando a expressão indiferente, sentiu mais lágrimas em seu rosto e enxugou com raiva, manchando o rosto de pouco sangue, não que ela tenha notado. Pegou um pano do móvel perto e o apertou na mão para parar o sangue e sentou na cadeira ao lado da cama do moreno e suspirou o encarando.
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✨3 Problemas Em Um Só - 2° LIVRO
Fanfiction📍 Continuação de "flores que matam" O que aconteceu? Estávamos casadas, mas nossos maridos não confiaram em nós, apenas nos restou voltar para onde nunca devíamos ter saído: O mundo do crime, o nosso mundo!