O pequeno Nasce.

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Callum foi a coisa mais linda que já esteve na minha vida, o mais belo e magnífico homem com quem eu já me envolvi.

Todo esse tempo, eu jurei a mim mesma que seria só dele e ele seria só meu.

Não sei explicar o porquê das coisas acontecerem ou o porquê a vida foi tão boa comigo me trazendo ele,mas eu sei que não poderia ser mais feliz.

Callum fez eu me sentir viva, ele me mostrou como é bom correr riscos e como é bom amar.

Há dois anos atrás eu jurava pra mim mesma que nunca amaria um homem igual ele, mas quando o vi pela primeira vez naquela festa percebi que eu estava totalmente

Entregue.

Mas eu nunca imaginei que iria provar o lado obscuro de Callum Scott

*******



Uma de minhas mãos está no volante enquanto a outra está discando para Alex.

Endy não para de gritar no banco de trás e eu já estou desesperada. Há cinco minutos atrás estávamos na minha casa até ela entrar em trabalho de parto, nunca presenciei um trabalho de parto, enquanto dirigia sentia um desespero enorme tomar de conta do meu corpo.

— Para de gritar, eu vou bater o carro. — Resmungo já sabendo da possível resposta.

— TEM  UMA PESSOA QUERENDO  SAIR DE DENTRO DE MIM! DIRIGE RÁPIDO . — Endy diz entre gritos e Alex finalmente atende.

– Alô? – Ouço sua voz tranquila.

– A Endy entrou em trabalho de parto. – Minha voz sai trêmula e eu tento manter a atenção no trânsito e ignorar os gritos no banco de trás.

– O QUÊ  agora? Ela não pode entrar em trabalho de parto agora. – Alex diz e eu rolo os olhos, sinto o desespero e surpresa na sua voz.

– Vai pro hospital central agora. – Digo e desligo o celular sem escutar a resposta dele.

— EU VOU MORRER. — Endy grita.

*****

Estou sentada na sala de espera do hospital esperando notícias, após chegar no hospital às enfermeiras levaram Endy para a sala de parto e minutos depois Alex entrou correndo com o rosto pálido.

O hospital central era o mais perto da minha casa e por coincidência era o mesmo que Callum estava fazendo internato.

Estava de pijama ainda, um mini short de bolinhas, uma blusa de ceda fina e chinelos. Meus cabelos estavam em um coque, ou seja, estava tão bagunçada que parecia que morava no hospital, não teria hora melhor para ela ter o bebê?

Percebo o olhares de alguns infermeiros sobre mim, talvez por causa da minha vestimenta super inadequada.

— Abbie? — Ouço uma voz masculina familiar e quando levanto a cabeça vejo que é Callum.

Ele caminha em minha direção com as mãos nos bolsos,  usa uma calça e uma blusa azul, jaleco e um estetoscópio ao redor do pescoço. Seus cabelos estão bagunçado como sempre e sua expressão é séria, tão estranho ver ele vestido assim, estava acostumada a vê-lo  com roupas largadas e um cigarro na mão.

Sorrio assim que o vejo.

— O que está fazendo aqui? Ainda mais vestida assim? — Ele parece preocupado com meus trajes e eu rolo os olhos.

— A Endy entrou em trabalho de parto, não pude nem sequer trocar de roupa. — Explico e ele acena com a cabeça arregala os olhos.

— Ah, nossa. — Ele parece surpreso e me dá um celinho. 

— Abbie. — Ouço a voz de Alex e vejo a expressão de Callum mudar.

— Nasceu? — Me viro pra ele e vejo um grande sorriso em seu rosto.

— É um meninão. — Alex diz e eu o abraço, logo sinto seu perfume e uma lágrima dia cair em meu ombro.

— Parabéns. — Digo e ele agradece, estava tão feliz por eles, ainda mais por Endy ter o pai da criança perto e apoiando.

— Vem, ela já está no quarto com ela.— Alex me chama e eu me viro pra Callum, que me observa.

— Até mais tarde. — Sorrio para Callum que acena com a mão com um leve sorriso de volta.

Eu e Callum estávamos muito bem,fazia alguns meses desde que ele foi atrás de mim na biblioteca, mas não suportava me ver perto de Alex, o que era difícil já que ele é pai do filho da Endy, porém, apesar do incômodo, Callum não me proibia nem brigava pela minha aproximação com ele.

Entrei no quarto branco e avistei minha amiga deitada, ela estava com o aspecto cansado e com um grande sorriso no rosto, dava para ver o brilho em seus olhos e uma nova áurea ao seu redor.

— Vem ver. — Ela diz assim que me vê e eu caminho até ela em passos devagar, me segurando para não chorar também.

Quando olho pro bebê em suas mãos me apaixono, ele é tão pequeno e tão delicado, sua pele é bem branca e macia, mas o que chama mais atenção é seus cabelos lisos e ruivos, igual o da mãe.

— Meu Deus Endy, ele é a sua cópia. — Sorrio enquanto encaro aquele mini ser humano.

— O nome dele vai ser Bernardo. — Ela diz enquanto acaricia seu rosto, sua voz está trêmula de emoção.

— Não sabia que tinham escolhido o nome.— Respondo, me adaptando ao novo nome.

— E não tínhamos,eu soube assim que o vi. — Ela explica e me olha junto com um sorriso de agradecimento.

Endy não conseguia se desgrudar do filho, assim como Alex não conseguia se desgrudar dela, ao mesmo tempo que estava feliz com a nova vida que iria ter, sentia nele um certo medo de falhar e não ser um bom pai, até hoje se culpava por conta de suas ações violentas, mesmo que não admita, sabia que tinha medo de ser da mesma forma com o pequeno Bernardo.

Mas vendo ele ali, com todo o cuidado do mundo com os dois, e pelas lágrimas de felicidade, percebo que ele seria um ótimo pai e um ótimo parceiro para Endy.

Mal sabia que aquele bebê iria acabar com minhas noites futuramente, mas não me arrependo.

E ali,naquele estante uma nova vida começa, Callum trabalhando, meu irmão casado, Endy com seu filho.


Crazy about Callum Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora