Capítulo 21

2.6K 221 15
                                    

Assim como eu, todos na mesa estão chocados e surpresos ao mesmo tempo, um pequeno silêncio se forma e a mãe de Júlia se levanta.

— Como assim você está grávida? Agora? Pensei que tinham outros planos. — A voz da mãe de Júlia é com um leve tom de desaprovação e vejo Aquiles apertar o punho.

— E temos, mas o bebê sempre foi em primeiro lugar, não poderia ser em momento melhor. — Júlia fala com um tom doce e passa a mão na sua barriga.

— Vocês ainda são tão jovens. — O pão de Júlia finalmente se pronúncia mas um amigo de Aquiles interrompe.

— Aeee meu irmão, será se vai ser um homem? Já tô doido pra ensinar umas coisas pra ele! — O moreno sorri e joga seu braço ao redor do pescoço de Aquiles que ri.

— Tá louco? Não deixo meu filho aprender coisas com você de jeito nenhum! — Meu irmão rola os olhos e logo todos começam a conversar.

— Parabéns. — Abraço ele. — Não posso acreditar que vou ser tia,quem diria. — Sorrio.

— Obrigado. Quem diria. — Aquiles sorri de volta e logo volta a atenção para os amigos.

Fico muito feliz pelos dois,sei que seriam ótimos pais, principalmente Aquiles, se ele foi tão amoroso comigo imagina com seu próprio filho.

O resto do dia foi tranquilo e feliz, Júlia estava radiante apesar da negatividade dos seus pais, eles achavam que Aquiles e Julia ainda não tinham maturidade e estabilidade pra criar uma criança, eu entendia o medo deles mas não achava certo eles ficarem comentando isso, afinal, não tinha mais nada a fazer.

Voltei pra casa a tempo de me arrumar e ir trabalhar, estava um pouco cansada e tudo que eu queria era deitar e dormir.

Endy não estava em casa quando cheguei e não fiz questão de saber onde estava.

Quando cheguei no bar Maria veio até mim com um sorriso forçado.

— Já vou te avisando, o chefe está uma pilha de nervos hoje, faça de tudo para não irrita-lo.— Ela diz e eu aceno com a cabeça.

— Obrigada, o que aconteceu? — Pergunto, curiosa.

— Algum problema com investidores, creio eu. — Maria dá de ombros e suspira. — O que importa é que ele está querendo matar qualquer um que apareça, então, seja um anjo.

Desde que comecei a trabalhar aqui não tinha visto o Othon irritado, estava com um certo medo.

Comecei a trabalhar imediatamente, hoje tinha muitos universitários no bar, servi algumas mesas e evitei Othon o máximo possível, escutei ele brigar com uns entregadores mas saí de perto.

Quando eu achava que minha noite não poderia ficar ruim vejo Janice entrando no bar com outras mulheres.

Oh céus.

Eu era a única garçonete livre e estava lutando para não ir atendê-las até que uma delas levantou a mão me chamando.

Preciosei minhas mãos contra a bandeja e mordi meu lábio.

— Harris, acorda! — Vejo Othon gritar de longe e em um pulo vou até a mesa de Janice que lança um sorriso assim que me vê.

– Boa noite, bem vindos ao Othon's bar, o que vai querer? — Forço um sorriso e tento finjir indiferença com a presença de Janice.

— Uma rodada de cervejas. — Uma loira pede e eu anoto.

— Algo mais? — Pergunto.

— Até agora é só. — A mesma responde, eu aceno e me viro agradecendo a Deus pela Janice não ter feito nenhum comentário.

Após entregar a primeira rodada de cervejas volto ao balcão e suspiro, estava com muito sono e tinha que estudar, ultimamente negligenciei muito a faculdade.

Sou acordada dos meus pensamentos com uma mão quente nas minhas costas, olho para o lado e vejo Othon com um sorriso no rosto. Eu estava sentada em uma cadeira atrás do balcão e isso limitava a vista do bar.

— Já disse que tem pernas lindas? — Ele pergunta enquanto encara minhas pernas expostas.

— Hm. Já — Respondo seca e me levanto.

— Sabia que você é minha funcionária favorita? — Sua voz tem uma certa malícia e eu luto contra a vontade de revirar os olhos.

— Fico feliz em saber que meu trabalho é elogiavel. — É a única coisa que eu consigo falar e me afasto um pouco.

— Qual foi Harris, para de se fazer de desentendida, você sabe que não estou falando do seu trabalho. — Ele se aproxima mais e eu posso sentir o forte cheiro de uísque vindo de sua boca.

— Uh, isso é um tanto inapropriado, preciso trabalhar. — Respondo e me viro, mas Othon segura meu braço levemente.

— Eu posso te fazer gozar mais rápido que aquele seu ex metido a besta. — Após ouvir isso saio rapidamente para as mesas.

Estou pasma e com raiva ao mesmo tempo, não acredito que ele disse aquelas coisas pra mim, coisas tão sujas.

Callum estava certo sobre ele, Othon é um imbecil.

NO resto da noite ignorei os olhares de Othon, ele me encara de uma forma ultrajante e isso fazia eu ter nojo.




Oi meninas, perdão pela demora para publicar capítulos, é que eu penso muito em cada parte e quero entregar algo bem feito além de eu ainda estar doente,os remédios que estou tomando me deixam dopada.

Postarei com mais frequência e rapidez, prometo.









Crazy about Callum Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora