Fique paralisada por uns segundos, sem saber o que fazer. Lohan devia ter apanhado muito pra estar nesse estado, e o pior de tudo.... Ele estava puto comigo.
— Lohan, eu sinto muito. Não sabia que o Callum iria atrás de você. — Murmuro.
— Até parece. Você conhece muito bem seu namoradinho, sabe muito bem como é o temperamento dele. — Lohan cospe as palavras.
— Desculpe, vou falar com ele. Mas eu não entendo, o que ele fez de tão grave com esse tal de Nicolas? — Bato minhas mãos nas coxas.
— Eu queria muito ter o prazer te contar isso, mas vou deixar você descobrir sozinha. Só uma dica,o Nicolas está morto. — Lohan diz e sai andando.
Morto? O Callum tinha matado ele?
Durante todas as aulas eu não parava de pensar no que Lohan tinha falado,mil teorias rondavam minha mente. Será se Callum matou ele? E se matou, por que?
No final de todas as aulas fui para o estacionamento igual todos os dias, Callum estava lá, encostado no carro fumando um cigarro.
— Oi. — Digo e ele me cumprimenta com um beijo.
— Como foi as aulas? — Pergunta.
— Boas. — Respondo e entramos no carro.
Pensei em falar sobre o Lohan várias vezes, mas tive medo da reação do Callum, então, deixei quieto. No meio da viagem vi uma caixa de cigarros e um fósforo.
Eu sei que odiava cigarros, mas quis ver como era, estava cansada de seguir regras que eu mesma fiz.
Assim que pego o cigarro e o acendo Callum me olha com uma cara um tanto assustada.
— O que está fazendo?
— Fumando. — Respondo colocando o cigarro entre os lábios e dando a primeira tragada,logo depois dou uma leve tocida. A sensação era boa e estranha ao mesmo tempo.
Coitado dos meus pulmões.
— Você não fuma.— Ele diz.
— Decidi fumar. — Digo.
— Como assim deicidou fumar? — Ele diz olhando para o trânsito.
Eu não respondo e quando ia colocar o cigarro novamente na boca ele tira das minhas mãos bruscamente e joga pela janela.
— Ei, o que está fazendo. — O encaro.
— Você não vai fumar. — Ele diz rígido e eu rolo os olhos.
— Você não manda em mim. — Arrebato.
— Fumar faz mal
— Você fuma,sempre. — Digo.
— Sim, mas eu não me preocupo comigo, já com você.... — Ele responde.
— Conta outra.
— Qual é? Não era você a certinha? Odiava cigarros, festa, bebidas....
— As coisas mudam.
*****
Callum me deixa em casa e vai trabalhar, assim que chego na sala Endy vem até mim empolgada.
— Eu falei com meu amigo, ele disse que te dá o emprego como garçonete. — Ela fala e eu sorrio.
— Sério? Que incrível.
— Você só precisa ir hoje lá a tarde para conversar e ele te passar todas as informações necessárias.
Assim que deu três horas da tarde eu fui até o bar, era há umas cinco ruas da minha casa, perto do centro.
O bar era aconchegante, o ambiente era suave e escuro, nem decorado e espaçoso.
— Você deve ser a Abbie. — Vejo um homem de cabelos grisalhos caminhar até mim.
— Sou sim, e você deve ser o Othon. — O cumprimento.
— Exatamente, é um prazer. Vamos entrar. — Ele me guia até a porta do bar.
—Quer alguma coisa? Água? Cerveja? — Ele pergunta e eu me sento perto do balcão de madeira.
— Não, muito obrigada. — Sorrio.
— Bom, a Endylina falou muito bem de você e eu estou precisando urgentemente de uma garçonete. — Ele se apoia no balcão.
O Othon exalava confiança, ele usava um corte elegante e seus cabelos grisalhos o deixava mais charmoso. Ele era mosculoso e alto, devia ter uns quarenta anos.
— Fiquei muito surpresa quando a Endy disse que eu consegui um emprego. — Sorrio.
— Conheço Endy há muito tempo, confio nela e devia um favor. — Ele diz e coloca conhaque em um copo.
Quem bebe conhaque em plena três da tarde?
— Juro que não vai se arrepender.
— Então, Abbie Harris... Você sabe servir pessoas?tem que ser rápida. Tem noites que aqui lota. — Othon me encara e dá um gole na bebida.
— Sim, sei me virar bem. — Respondo.
— Seu horário de trabalho é das dez e meia até a uma da manhã. Um pouco puxado mas pago bem. Todos os funcionários aqui usam uniformes,tem que vir bem maqueada também. — Ele explica.
— Ok,tudo ótimo pra mim.
— Quando você pode começar? — Ele pergunta.
— Hoje mesmo, se você quiser. — Respondo com empolgação.
— Então está ótimo, hoje você começa. O bom que as meninas já te ensinam direitinho como as coisas funcionam aqui.
— Muito obrigada pela oportunidade. — Agradeço e ele aperta minha mão.
Cheguei em casa empolgada,finalmente ia ter um emprego e não precisaria mais economizar tanto.
Assim que entro na sala vejo Callum sentado no sofá com uma cara nada boa.
— Você não devia estar no trabalho? — Pergunto tirando meu casaco.
— Vou voltar pra lá daqui a pouco,só tive que passar no banco e decidi vim te ver. — Ele se levanta. Callum estava maravilhoso como sempre, cabelos bem penteados, uma calça jeans branca, blusa Polo branca e tênis cinzas. — Que história é essa de trabalhar no Othon's? — Ele pergunta.
— Ah, fiquei sabendo hoje quando cheguei. Acabei de voltar de lá. — Caminho até a cozinha e ele me segue.
— Quando ia me contar? — Ele pergunta e eu levanto uma de minhas sobrancelhas.
— Quando te visse, você sempre está ocupado com o trabalho. — Dou de ombros.
— Podia ter mandado uma mensagem. — Sua voz acalma. — Não acho uma boa ideia você trabalhar lá.
— Por que? Preciso de dinheiro Callum.
— Por três motivos:
1° Você vai trabalhar a noite onde vai estar um monte de homens bêbados e excitados.
2° Já vi o uniforme das garçonetes, aquilo nem devia ser chamado de roupa de tão curto.
3° Já saiu muitas histórias de que o dono do bar dá em cima das funcionárias. — Callum explica.— Para com isso Callum, o Othon foi super gentil comigo e eu sei me cuidar. Relaxa.
— Quando você começa? — Ele pergunta.
— Hoje.
—Já?
— Sim , preciso começar logo. — Me aproximo dele.
— Vou sair um pouco tarde do hospital hoje, mas passo lá pra te levar pra casa. — Callum está com os ombros tensos, parece preocupado.
— Vai ficar tudo bem comigo. Estarei te esperando. — Digo e o beijo.
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Crazy about Callum Vol. 2
RomanceSequência do livro CRAZY about Callum Meses se parassaram e tudo está perfeito, Abbie entrou para a faculdade e Callum conseguiu um bom emprego. Mas para esse casal nada está bom por muito tempo. Abbie conhecerá o lado mais sombrio se Callum Scott.