Que noite! (Capítulo cinco)

42 9 13
                                    

QUE NOITE!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

QUE NOITE!

   Fico paralisada olhando para ela, não consigo emitir nenhuma reação. Isso tudo parece um pesadelo!

   — Me responde, Luana! O que está acontecendo? Por que você está nesse estado? — Ela pergunta ao entrar no quarto e se sentar na cama.

    Abaixo a cabeça inspirando e expirando lentamente para tentar me acalmar, mas é em vão.

    — Não é nada. — Consigo dizer baixinho.

    — Se você não contar, eu conto! Isso não pode ficar assim. — Carol diz firmemente.

    Levanto os olhos e olho para a minha mãe. Pela primeira vez em muito tempo, sinto que ela está preocupada.

   — Diz logo, Luana! Eu não vou mandar de novo! — Minha mãe diz seriamente.

    Eu não consigo! Não consigo dizer nada! Eu ainda não consigo acreditar que aquilo realmente aconteceu. Eu considerava aquele homem um pai!

    — O nojento do seu marido tentou abusar dela. — Carol conta.

    — Eu disse pra você não falar! — Olho para ela seriamente e depois olho para a minha mãe.

    — Isso não é verdade, né? — Minha mãe pergunta seriamente. — Seu pai jamais faria isso. A Carolina está mentindo!

    Carol me belisca e olho para ela automaticamente com uma cara feia, porém, vejo que ela está me olhando bem séria.

    Suspiro, limpo o rosto e olho para a minha mãe.

   — É verdade. — confirmo. — Ele tem me olhado diferente nos últimos dias. Hoje ele entrou aqui no quarto e tentou abusar de mim, ele disse que eu estava linda e que não iria resistir. — Começo a chorar de novo. — Ele achou que eu estava sozinha e tentou me agarrar, mas a Carol me ajudou. Eu sinto muito, mãe. Me desculpa.

    Os olhos dela lacrimejam e vejo uma fúria nos mesmos que nunca tinha visto antes. Ela fica em silêncio por alguns segundos, acho que não está acreditando.

   Ela se levanta e eu e Carol nos entreolhamos. Ao vê-la caminhar rapidamente em direção a porta, eu e Carol nos levantamos de imediato e a seguimos.

    Ao chegar na sala, minha mãe vê o meu padrasto e o meu irmão vendo televisão.

   Hoje percebo que ele nunca foi meu pai, um pai nunca faria isso.

   — Seu desgraçado! — Ela grita furiosamente. — Eu quero você fora dessa casa agora!

    — Eu, mamãe? — Davi pergunta confuso.

    Minha mãe o ignora e mantém os olhos fixos no meu padrasto, que está se fazendo de desentendido.

   Carol segura a minha mão e a aperta bem forte, ela sempre faz isso quando me sinto vulnerável, acho que é pra mostrar que está comigo.
  
   Eu sempre fui a mais frágil, a mais medrosa e a mais dramática, mas a Carol é totalmente o oposto.

Alicerce | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora