Droga? (Capítulo três)

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DROGA?

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DROGA?

   Estou no ônibus a caminho da delegacia e um misto de medo e apreensão toma conta de mim.

   Olho para fora da janela sentindo o cheiro de fumaça no meu rosto até que uma mulher com um bebê entra no ônibus. Obviamente, levanto para ela sentar. O bebê fica olhando para mim sorrindo e eu sorrio de volta pra ele.

   Meia hora depois finalmente chego na delegacia.

   Assim que entro, meus olhos tentam encontrar a Carol, mas é em vão, pois não a vejo.

   Caminho até a atendente e quando estou prestes a dizer algo, ouço alguém me chamar:

    — Luana?

    Reconheço a voz de imediato, mas me viro para me certificar de quem se trata.

    Assim que vejo a pessoa, me surpreendo. Se trata do meu pai, meu verdadeiro pai.

    Quando nossos olhos se encontram, ele abre um enorme sorriso e me abraça.

   Ele é policial e estava em um batalhão em outra cidade. Será que só está de visita? Faz quase três meses que não o vejo.

   — O que você está fazendo aqui? Tudo bem? — Ele pergunta preocupado.

    — Tudo, eu só vim salvar a Carol, como de costume. — afirmo ao suspirar. — Estava com saudades.

    Eu e a Carol somos amigas de infância e o meu pai a conhece. Quando eu ia passar as férias com ele, a Carol ia algumas vezes comigo. Ninguém segurava nós duas.

   — Eu também estava, filha. — Ela sorri. — O que a Carolina aprontou dessa vez?

   — É o que eu estou tentando descobrir. — respondo ao morder o lábio inferior. — Pode resolver isso pra mim?

   Ele assente,  diz que vai descobrir o que está havendo e entra em uma sala.

    Me sento em um banco e espero ele voltar.

    Olho no celular e vejo que já são nove horas da manhã. Espero que não tenham notado que eu saí da escola.

   Depois de algum tempo, meu pai sai da sala e a Carol sai logo depois dele.

    Caminho até ela e a abraço.

   — O que aconteceu? — pergunto preocupada com ela.

   — Armaram contra mim, colocaram droga na minha bebida. — Ela diz pra mim.

   O que? Droga? Como assim?

  Penso enquanto Carol me olha com os olhos lagrimejados.

   — É o que todo mundo diz, Carolina. Você se drogou, assuma pelo menos. — Meu pai pede.

   — Não me droguei porra nenhuma! — Ela grita em um tom de voz alto e todos olham para gente. — Amiga, acredita em mim, por favor! Eu não me droguei!

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