Ninguém merece! (Capítulo seis)

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NINGUÉM MERECE!

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NINGUÉM MERECE!

   Me viro para trás e vejo um garoto olhando para mim. É o mesmo da foto do cartão escolar.

   — Ah... eu achei aqui e abri pra ver se tinha informações do dono. — digo constrangida ao entregar para ele.

   — Tudo bem. — Ele sorri. — Muito obrigada.

   — De nada. — Retribuo o sorriso. — Eu preciso ir para a minha sala. Estou muito atrasada.

   — Eu te acompanho.

  Penso em dizer que não precisa, porém fico em silêncio. Caminho em direção a sala e ele me acompanha.

   — Qual seu nome? — Ele pergunta.

   — Luana. — respondo.

   — Que nome lindo. — Ele diz simpaticamente.

   Dou um sorriso como agradecimento e continuamos caminhando até a sala. Não quero conversar com ele, não estou nem um pouco afim.

    Assim que chegamos na sala, ele abre a porta e cumprimenta o professor.

   O professor se apresenta, diz que é professor de geografia do terceiro ano e permite a minha entrada sem que eu precise mostrar a declaração.

    Me despeço do garoto e me sento no final da sala.

   O conteúdo da aula é cartografia, um tema muito simples pra mim, o que me faz ficar entediada a aula inteira.

   Sinto um nó na garganta desde que acordei, o ar está denso demais pra respirar e estou controlando as lágrimas. Sigo tentando disfarçar, mas está difícil.

   Quando está perto do sinal que sinaliza a troca de professores soar, resolvo mandar uma mensagem pra Carol.

   "Oi, amiga."

    Alguns segundos se passam e ela responde:

   "Oi, Lu! Sai que horas hoje?"

    Olho para frente e vejo que o professor está me encarando.

   — A aula está interessante, Luana? — Ele pergunta.

   Todos os alunos olham pra mim e eu fico nervosa, então respiro lentamente para tentar me controlar.

   — Sim. — respondo constrangida.

   — Então preste atenção e largue o celular. — Ele volta a escrever algo na lousa.

   O grupinho de garotas que mexeu comigo no primeiro dia de aula, debocha da minha cara e depois elas voltam a prestar atenção no conteúdo.

    Acho melhor esperar a aula acabar para responder a Carol.

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