Capítulo 4 - OI?

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-Sim, ele estava aqui na minha frente, depois de todo esse tempo, com esse maldito lindo sorriso tímido.

Pensou Ámbar ainda imóvel, até uma bela moça adentrar a mansão :

-Oi?

De repente tudo voltou ao normal, Simón que antes também mantinha o olhar fixo em Ámbar desviando dele somente quando pegou Estrella no colo, balançou a cabeça como para espantar o que estava a sentir no momento, não podia acreditar, Ámbar, a garota que destruiu seu coração e que ao mesmo tempo foi muito mais importante do que ele possa descrever estava ali, logo ali a poucos metros de distancia com os mais belos olhos de sempre mais linda do que ele poderia se lembrar o olhando fixamente. Mas Simón nem se quer teve tempo de pensar como se sentia sobre isso pois ao ouvir Barbara ao fundo a falar se sentiu todo e completamente molhado por um balde de gelo:

-Oi.

Respondeu Simón ainda recompondo a noção da realidade:

-Olá.

Disse Ámbar agora em pé com um daqueles seus sorrisos forçados:

-Olá senhor Simón, a senhorita Luna me avisou da sua chegada com a senhorita Hernández deixe-me ajudar com as malas.

Disse Lídia já pegando as malas de Simón e Barbara. Barbara agora sorridente depois de trocar algumas palavras com a funcionaria e lhe entregar as malas se virou para o Simón que acabara de pôr Estrella no chão e disse:

-Eu vou resolver aquele problema, mas volto em pouco tempo.

Dando em seguida um demorado selinho em Simón que apesar de surpreso e talvez até constrangido com a presença de Ámbar, o retribuiu. Antes que uns dos dois se aproximassem mais ou trocassem mais alguma palavra Luna vem da cozinha com Alfredo e Estrella, que só Deus sabe quando foi chamar Luna:

-Simón que bom que chegou, fico muito mais que feliz que tenha cedido a minha insistência e tenha aceitado meu convite em ficar aqui com Barbara...

Neste momento Simón teve uma incontrolável vontade de olhar para Ámbar, ver sua reação, estaria ela irritada por saber que ele ficaria ali? Foi o que Simón pensou, se soubesse que ela estava se quer em Buenos Aires jamais teria aceitado:

-Matteo já havia me telefonado perguntando se você tinha chegado.

Continuou Luna sem ao menos perceber que seu melhor amigo viajava, somente o abraçou. A essa hora Lídia já tinha subido com as malas, Alfredo depois de alguns comprimentos dirigiu-se ao seu quarto, Estrella sumiu das vistas de qualquer um na sala dando sinal de que já não estava mais lá, e Ámbar? Voltou a tocar alguma musica no piano, estava constrangida demais para se dirigir a ele e cumprimenta-lo com indiferença ou com medo o suficiente de que Luna a impedisse de sumir para seu quarto sem cumprimenta-lo, escolhendo a opção mais viável no momento. Foi só então ai que Luna percebeu, Simón hora ou outra olhava para Ámbar agora de costa para ele. Claro ela sabia dos antigos sentimentos de Simón por Ámbar, ainda mais depois de tê-lo visto com o coração partido a partida de Ámbar, mas não conseguia entender ao certo sobre o que de fato se tratava aquele evidente evitamento dos dois no momento, por isso arrastou Simón enquanto falava alegremente como uma arara baleada. Depois de vê-los sair Ámbar correu escada acima, o que ela mais temia estava ali debaixo do mesmo teto que ela, e pelo o que havia entendido como hospede e não mera visita. Se trancando no quarto sua reação ainda era de surpresa, logo depois seguida por uma pequena dorzinha, talvez no coração? Ela não sabia mais doía, ela não gostava mais dele, mas porque que tinha de ser mesmo assim estranho e até doloroso? Ámbar apenas bufou e se jogou na cama. Alguns bons minutos depois Simón finalmente subiu, não estava com cabeça para conversar, não depois de vê-la, mesmo que por poucos segundos. Acompanhado de Lídia que lhe mostrou onde ficaria Simón apenas foi capaz de tomar um banho gelado. Ámbar? Ali? Por quê? Ela já não vinha a Buenos Aires há tanto tempo, em sete anos eles só haviam se visto uma única vez. Sem saber muito no que pensar, apenas pode regressar quando a mesma partiu.....

Faltava apenas algumas poucas horas para o voo de Ámbar sair, ela estaria deixando Buenos Aires por um bom tempo, bem foi o que Ámbar pensou, ela não queria mais pisar os pés naquele lugar por um bom tempo, sua madrinha tinha fugido e a abandonado, seu avô, mesmo que tentasse disfarçar só tinha olhos para sua netinha querida a única e verdadeira Sol, depois disso o que mais ela tinha? NADA. Amigos? Nem um. Seus planos já eram ir embora mesmo antes, o que era diferente agora que estava a fazendo questiona a partida? Simón. "Maldito seja você imbecil Mexicano" Pensou Ámbar "Era só um plano Ámbar, só um plano, onde você estava com a cabeça" disse se amaldiçoando outra vez, terminando de se arrumar para ir. Quando desceu lá estava seu avô, Mônica e Miguel, ela nem se quer fez questão de perguntar por sua querida prima, estava pouco se fixando para presença dela, na verdade ela até queria ver Luna um ultima vez para jogar na cara dela sua ultima e então única conquista, ganhar o Roda fest, mais nem isso se propôs a fazer quando depois de se despedir de seu avô, e dizer alguns breves adeus a Mônica e Miguel, avistou Luna e Simón entrando sorridentes, mas estes sorrisos logo sumiram quando viram Ámbar e suas malas ao pé da escada, Alfredo então se juntou com as Valentes deixando a sala esperando Ámbar do lado de fora enquanto ela se "despedia" de Luna e Simón, as palavras trocadas com Luna foram poucas, seus olhos mal se dirigiam a ela, e depois que a mesma saiu, estava ela lá, sozinha com ele, olho no olho. Simón a olhou triste e como Ámbar viu que da parte dele seria difícil arrancar palavras ela foi a primeira a se pronunciar:
-Então Simón não vai se despedir de mim?

...

XXXXXX 

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