Capítulo 36 - Aqui...

546 55 24
                                    

-Estou aqui...

Disse Simón com os olhos cheios de teimosas lagrimas que caiam pelo seu rosto em silêncio:

-Me perdoe...

Continuou com a voz embargada quase como um sussurro, já não tentava segurar as lagrimas, deixando-as cair sem esforço:

-Eu falhei outra maldita vez com você, eu só queria... Queria te ver feliz, me perdoe por não poder fazer parte, mas eu sempre vou estar aqui para você, passei muito tempo longe e talvez eu não veja esse seus belos olhos que só tu tez, quando acordar, mas prometo que mesmo distante ou perto vou estar com você de alguma forma, eu prometo, mesmo que dá forma mais insignificante, mesmo que não note...Eu sei, vai ser difícil saber que me encontrarei com outra no altar, eu queria que fosse você, por mais precipitado que possa soar....

Um pequeno sorriso apareceu em meio à lagrimas, respirou fundo e continuou:

-Eu queria ver você sorrindo com um brilho no olhar, talvez fossem lagrimas ou apenas a conexão de nossos olhares, essa que temos, nesse dia ela seria bem maior, eu sei, estaria mais bela do que costuma estar e eu seria o homem mais feliz do mundo, mesmo que isso fosse amanhã, daqui um ano ou quando preferisse.

Terminou Simón com um triste sorriso e poucas lagrimas no rosto, lagrimas que o mesmo tratava de secar:

-Eu te amo.

Disse beijando-lhe a mão e a deixando, indo a procura de Luna, a encontrando assinando alguns papeis na sala de espera:

-O que estar fazendo? Cadê o Louis?

Questionou sem animo:

-Burocracia do Hospital, e Louis foi para casa, volta no inicio da noite para irmos descansar um pouco, voltamos amanhã de manhã.

Simón logo retrucou:

-Não Luna! Eu posso ficar ele não precisa e eu quero.

Luna apenas se levantou e foi até a recepção com Simón ainda em sua cola, entrou os papeis e lhe disse enquanto caminhavam em direção de onde segundos atrás estavam sentados:

-Não, você não pode ficar, viajamos quase 14 horas, perdemos quatro horas desse dia com o fuso horário, não dormimos direito no avião, e você não estar emocionalmente estável no momento para se martilha pelos corredores do hospital, ela tá se recuperando. Veja pelo lado bom, vai poder conhecer a casa da Ámbar, não estará de um todo tão distante dela, deixo até você dormi no quarto dela se for um bom garoto... Mas será segredo nosso tá?

Luna que havia começado seria agora tinha um sorriso no rosto, lhe arrancando uma pequeno riso. Ele sabia que a melhor amiga estava certa e tinha ótimos argumentos, por isso preferiu concordar. Eles permaneceram ao lado de Ámbar pelo resto da tarde, porém pouco depois que Luna foi ter com o medico, Simón se aproximou mais de Ámbar e lhe deu um leve beijo na testa e sussurrou a maior promessa de todas em seu ouvido:

-Eu sempre vou te amar...

Sorriu e saiu ao encontro de Luna. Assim como havia combinado Louis chegou no início da noite, Simón odiava admitir mais Louis apesar de tudo era uma boa pessoa e que podia com toda certeza fazer Ámbar feliz, era triste, mas ele só queria que ela fosse feliz, mesmo que fosse ao lado de outro alguém.

Luna e Simón então pegaram um táxi para irem ao apartamento de Ámbar, a viajem foi calma, silenciosa e um pouco demorada, cada um tinha a atenção perdida em seus pensamentos para conversarem. Quando finalmente chegaram, Luna correu para o banheiro afim de tomar um longo banho, Simón se sentou no meio do sofá que ficou na sala, rapidamente observou tudo ao seu redor e o pouco da cozinha que se podia ver de lá. Era um apartamento espaçoso e aconchegante, tinha uma decoração meio clássica, era a cara de Ámbar cada detalhe daquele lugar, Simón se pegou sorrindo ao observa os porta retratos espalhados sutilmente, tinha fotos dela em Buenos Aires de quando ainda morava lá, uma com sua madrinha, esta localizada na mesa de uns dos abajures, Sharon dessa vez não tão seria como nas fotos da mansão, na mesa do outro abajur uma foto com sua mãe biológica, ao fundo se podia ver que havia sido tirada naquele mesmo sofá onde sentava, o sorriso no rosto das duas era gigante, a pouco, nem ao menos sabia que Ámbar havia se aproximando da mãe e muito menos criados laços com ela, vê-las assim soava diferente. Caminhou até a cozinha, bebeu um copo de água e antes de poder analisar melhor as outras fotos de Ámbar com a família, Louis ou amigos, Luna bradou das escadas:

-Vai Banhar Simón, pedi comida, descansa um pouco, vou ficar em um dos quartos de hóspedes, você que sabe onde quer ficar, prometo não contar nada para a senhorita perfeição sobre o intruso na cama dela.

Disse por fim lhe piscando um dos olhos arrancando risadas de Simón:

-Ultima porta do corredor!

Gritou Luna subindo as escada de volta. Simón logo se foi, quando entrou no quarto de Ámbar olhava tudo atentamente como se estivesse em um museu, limitando-se a tocar nas coisas tal como em um, o quarto era grande, tinha uma cama de casal ao centro, alguns quadros na parede da cama, dois abajures um de cada lado, duas portas, provavelmente o closet e o banheiro, e por fim uma estante embutida na parede cheia de livros, mas isso não foi nem de longe que o chamou atenção, se não um quadro na frente de alguns livros, eram eles, os quatro, Matteo, Luna, Ámbar e ele, a mesma fato que havia achado no roller estava lá em um porta retrato, foi impossível não sorrir, mesmo que apenas uma foto Ámbar tinha dele:

-Eu também fiquei tão surpresa quanto você, ele tá ai desde a primeira vez que vim aqui, quando Ámbar notou minha surpresa desconversou e me chamou de intrometida por estar no quarto dela, mas acho que na verdade ela só não queria admitir o porque dessa foto estar ai, e convenhamos você também sabe, Ámbar é orgulhosa de mais pra ter uma foto só com você no quarto dela, porque todos sabemos que não era de mim nem do Matteo que ela queria lembrava quando olhava pra essa foto, pelo contrario na verdade.

Simón apenas deu um triste sorrisinho ao imaginar Ámbar a olhar aquele quadro através dos anos, o tempo tinha voado tanto:

-Ámbar vai ser sempre a rainha do roller e isso ninguém pode negar...Mas em fim é melhor você ir banha, amanhã retornamos sedo para o hospital.

Simón apenas assentiu se retirou do quarto de Ámbar e foi banha, por mais interessante que fosse se imaginar naquele quarto com Ámbar, ele sabia que não podia, ou melhor que não devia olhar mais do que já tinha olhado, conhecia Ámbar o suficiente pra saber que ela ficaria brava. E naquele momento enquanto entrava debaixo da água quente foi inevitável não desejar que uma pessoa em especial estivesse com ele.

XXXXXXXX
Demorou mais tá aí, espero que gostem; não se esqueçam da estrelinha e até a próxima...

Estou Aqui - SimbarOnde histórias criam vida. Descubra agora