Capítulo 04

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À noite, após o término das aulas daquela sexta-feira, Sérgio aguardava por Susana, no carro

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À noite, após o término das aulas daquela sexta-feira, Sérgio aguardava por Susana, no carro.

Passariam na casa da garota para que ela pudesse pegar algumas roupas e, na manhã seguinte, ainda bem cedo, sairiam de viagem.

Por um lado, sentia a ansiedade lhe fazendo companhia. Não sabia exatamente o que esperar dos pais de Susana, afinal, em todo aquele tempo que estavam juntos, a moça falava pouco da família.

— E aí?! Conseguiu convencer sua mãe a ir com a gente? — Suzy indagou, abrindo a porta do carona.

Como se houvesse despertado de seus devaneios, Sérgio sorriu, puxando-a ao seu encontro, beijando-a na boca. A moça logo sentiu um calor agradável surgir por entre as pernas e afastou-se do namorado, afinal, ainda estavam no estacionamento da universidade.

— Ah, ela topou. Mas pediu que a Isa e o Daniel também fossem. Tem algum problema? — questionou arqueando a sobrancelha grossa e escura.

Mordiscando o lábio inferior, levemente avermelhado devido ao beijo sôfrego do homem, Suzy negou e permitiu que o sorriso gracioso apresentasse em sua face.

— Não há problema algum. É até bom que toda a família se conheça — finalizou com um risinho.

*.*.*

O dia mal havia amanhecido e Estela já estava agitada, indecisa em escolher as roupas que levaria para aquela viagem.

O calafrio no estômago e as mãos trêmulas, a faziam recordar de que, talvez, parte daquelas sensações, se devesse ao nervosismo em estar, outra vez, de frente a sua nora.

Dedilhava cada cabide de roupa. Olhava os vestidos, bermudas, saias, mas não se sentia à vontade com nada que experimentava.

Atormentada por aquela enxurrada de sensações logo cedo, suspirou e sentou-se na beira da cama, passando as mãos pelos cabelos negros, levemente desgrenhados pelas poucas horas de sono que teve naquela madrugada.

Pensou em ligar o rádio, colocá-lo no último volume para tentar conseguir mesclar aqueles sentimentos, mas não podia, não apenas pelo horário, mas porque a filha e o noivo dela, dormiam no quarto ao lado.

Novamente, aproximou-se do guarda-roupa e tentou continuar sua jornada na escolha de algo que a pudesse deixá-la atraente, porém balançou a cabeça, em negação, fechando os olhos com força.

— Aí, Estela, por que você quer se sentir atraente? Ela é namorada do seu filho e vocês se conhecem há apenas dois dias! — murmurou para si mesma, aborrecida.

Por alguns segundos, pensou em desistir daquela viagem. Cogitou ligar para o Sérgio e inventar uma desculpa qualquer.

Pegou o celular, porém, antes que pudesse realizar a chamada, Isabela bateu na porta do quarto.

Paixão Sublime (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora