Capítulo 08

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Naquela noite, Estela estava impaciente, em frente ao espelho, contornando os lábios com um batom vermelho

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Naquela noite, Estela estava impaciente, em frente ao espelho, contornando os lábios com um batom vermelho. Desde que havia beijado a nora, não conseguia coragem para encarar nem a ela e muito menos aos filhos, embora fosse aniversário da filha, Isabela.

Como das outras vezes, mediante ao convite do filho, a advogada pensou em inventar uma desculpa qualquer e fugir de mais um possível encontro com Susana, porém ao imaginar o quanto Isa ficaria chateada com a sua ausência, decidiu engolir o medo e ir.

Completaria quase duas semanas que as mulheres haviam se beijado. Um gesto ímpeto e com um significado terrivelmente grande. Era desejo, atração, uma paixão sublime.

A advogada sentia um calor crescer pelo corpo, toda vez que se recordava dos lábios volumosos da garota tocando os seus, mas aquela sensação cedia lugar ao pavor apenas por pensar no que Sérgio poderia fazer, caso descobrisse aquele beijo ou a atração que perpetuava entre elas.

Antes de pegar as chaves do carro, ajeitou o vestido longo, escolhido especialmente para a comemoração e saiu.

*.*.*

— E aí, hein?! — Susana indagou, acomodando-se no sofá, ao lado do namorado. — Será que a sua mãe vem?

Antes de responder, o rapaz arqueou uma das sobrancelhas e sorveu um gole da cerveja gelada, passando os braços em volta dos ombros de Suzy.

— Ah, ela disse que viria, amor — Sérgio olhou o relógio. Ainda estava dentro do horário que haviam combinado. — Se ela não vier, a Isa vai ficar muito chateada.

Susana remexeu-se no sofá e observou Isabela recepcionando uns amigos, conduzindo-os até a varanda do apartamento do irmão.

Em meio a música e o cheiro de petiscos sendo preparados na cozinha, Susana recordou-se mais uma vez do último momento com a sogra.

Os primeiros minutos após o beijo roubado na sogra, Susana andava ansiosa pelo campus, com o celular nas mãos, esperando que Sérgio telefonasse, terminando o namoro e a xingando dos piores adjetivos possíveis ou até mesmo que a própria Estela fizesse isso.

Chorou.

A angústia lhe fez companhia, mas à medida que as horas passavam e nenhuma manifestação acontecia, foi se acalmando.

Quando precisou encontrar o rapaz, permaneceu tensa. Teve receio de que Sérgio lhe dissesse algo sobre o ocorrido, mas assim como ela, Estela decidiu manter a atitude da moça em silêncio.

*.*.*.*

Antes de tocar a campainha do apartamento, Estela inspirou fundo, sentindo um calafrio sutil no estômago. Rever Susana poderia ser perigoso.

— Que bom que a senhora resolveu aparecer, mãe! — Sérgio exclamou eufórico, abraçando a mulher.

Suzy permaneceu sentada ao sofá, observando a cena, enquanto o coração palpitava forte em seu peito. Bebeu um gole rápido da cerveja do namorado, ouvindo Isabela aproximando-se da mãe.

Paixão Sublime (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora