Na intenção de formalizar seu namoro com Susana, Sérgio a convida para conhecer sua família durante um jantar.
Poderia ter sido uma noite trivial, caso Estela, a mãe do rapaz, não houvesse despertado sentimentos sublimes na namorada do filho.
Capa e...
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Na manhã do dia seguinte, enquanto se arrumava para enfrentar mais um dia de trabalho, Estela mergulhada em seus pensamentos. Encarava o seu imponente reflexo no espelho e, por vezes, sentia-se engrandecida ao recordar-se dos elogios proferidos pela nora.
Apesar dos quarenta e cinco anos de idade, a advogada tinha um corpo conservado, aliado a academia e uma boa dieta. Além disso, a maquiagem aliada a prática de vida saudável, ajudavam a atenuar as marcas do tempo, fazendo-a parecer ainda mais jovial do que era.
Após se divorciar, Estela permitiu-se vivenciar algumas aventuras, mas nada que lhe houvesse despertado o desejo de iniciar o relacionamento com alguém. Portanto, seguia a vida livre, buscando ocupar seu tempo com o trabalho, academia e os filhos.
Isa e Sérgio se davam bem com os pais, mas o companheirismo era mais evidente entre o moço e a advogada, sendo a garota mais apegada ao pai. Assim que Estela se separou, foi morar com o filho, ao qual a acolheu durante muitos meses, mesmo sem saber a possível causa do divórcio dos pais.
Por vezes, Sérgio tentou dialogar com os pais, tentando descobrir a causa da separação, mas tanto Estela quanto Marcos, evitavam tocar no assunto. Portanto, o rapaz ainda alimentava uma pequena esperança de que algum dia o casamento fosse reatado, já que desconhecia algum motivo forte para o rompimento daquele laço matrimonial.
Após pegar a bolsa que estava jogada no sofá, Estela trancou o apartamento e adentrou o elevador, iniciando mais um dia de trabalho.
Antes de entrar no carro, enviou uma mensagem no celular de Sérgio. Queria vê-lo na hora do almoço e, se possível, decidiu que o convenceria a convidar Susana para almoçarem com eles.
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Mesmo sonolenta, acomodada atrás do balcão da recepção da academia, Susana forçava um sorriso simpático para os primeiros clientes da manhã.
Devido a euforia que a dominava, demorou um pouco mais que o habitual para adormecer. Boa parte do tempo, permaneceu pensando em Estela.
Estava quase adormecendo, em meio à monotonia do trabalho, quando o celular vibrou, acusando uma nova mensagem. Era Sérgio lhe convidando para um almoço e, obviamente, a moça aceitou.
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— Bom dia, dona Estela! — a moça de cabelos encaracolados e volumosos, saudou a advogada, logo que ela adentrou o escritório.
— Como vai, Rebeca?! — acenou para a garota, exibindo um sorriso tímido, seguindo para sua sala.
Antes mesmo que pudesse fechar a porta, Rebeca adentrou a sala da mulher.
— Você está diferente hoje...
— Diferente como? — retrucou, arqueando uma sobrancelha, colocando a bolsa sobre o arquivo do escritório.