➵ amsterdam [first part]

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Harry havia passado boas semanas no México, Brasil, Chile e Peru. Ele estava feliz por ter escolhido bons hotéis em todos os lugares e ter organizado bem todos seus roteiros de viagem.

Brasil lhe lembrava suas garotas, pois quando Harry ainda era criança, Gemma e Anne diziam que um dia viajariam para tal país, então sim, ele passou seus dias ali um tanto quanto deprimido, embora deixasse sua tristeza de lado quando falava com Nicholas e Liam — que eram os únicos do grupo de amigos que ainda lhe mandavam mensagens ou o ligavam. As meninas do grupo o ligaram enquanto ele estava no México, mas depois, eram apenas curtas mensagens perguntando se ele estava bem, afinal elas não sabiam que ele estava realmente viajando pelo mundo.

E Louis. Bem, Louis o mandava mensagens todos os dias e algumas vezes até fazia ligações de vídeo com o cacheado, que o mostrava sempre onde estava, como se estivesse fazendo um vídeo sobre sua viagem. Eles estavam realmente próximos e sempre tomavam algum tempo do dia para planejarem o roteiro de viagens juntos em Amsterdã.

Como Harry poderia evitar a vontade de beija-lo agora? Talvez ele apenas estivesse tão carente e Louis era sempre tão gentil e cuidadoso consigo, mesmo que apenas por ligações e mensagens. E era diferente de Nick e Liam, que mandavam sim mensagem sempre que podiam e eram bons amigos para Styles, mas era simplesmente diferente.

O cacheado era um menino muito esperançoso e sonhador, poderia se dizer. Deveria admitir que sentia sim algum afeto a mais pelo garoto e estava tão ansioso para abraça-lo quando se encontrassem. Estava feliz que Louis não tivesse apenas se esquecido dele.

Harry também estava feliz por sua saúde estar seguindo bem, por enquanto. Havia feito alguns exames recentemente para checar se estava tudo indo bem e teve a confirmação, o que o aliviou, embora soubesse que de qualquer maneira ele seria diagnosticado não muito longe com anemia aplástica.

Ao menos ele estava conseguindo aproveitar bem suas viagens e até que os sintomas começassem a patentear-se, ele já estaria em algum lugar longe de Amsterdã e Louis não precisaria descobrir e ficar com dó dele. Ele realmente odiava que as pessoas sentissem dele. Afinal, o que isso melhoraria em sua vida? Somente fazia ele sentir-se um tanto emburrado por pessoas irem falar com ele só pela situação crítica em que se encontrava, e não porque realmente queriam falar com ele.

Era bom que ele literalmente não estar longe de morrer não estivesse ocupando tanto seu dia a dia. Quando viajou para Seattle, achou que à partir dali passaria seus dias triste e pensando a todo momento naquele fato, no entanto não estava sendo de tal maneira. Ele estava conseguindo se dar bem em todas as cidades, sempre arranjando um ou dois colegas que o acompanhavam enquanto ele conhecia o lugar e ele estava se sentindo confortável.

Até parecia que ele não havia perdido toda sua família e suas únicas companhias fixas — aparentemente e por enquanto — eram três garotos que estavam longe de si.

Mas bem, passado os três meses, ele estava desembarcando nos Países Baixos e Louis disse que estaria o esperando ali, já que seu voo havia chegado uma hora mais cedo e considerando que ficariam no mesmo apartamento alugado; era melhor que fossem juntos. Seria estranho se fossem dividir um apartamento com outras pessoas, contudo tinham a consciência que não havia mal naquilo e seria até melhor.

Caminhando um tanto perdido pelo aeroporto com suas malas, Harry ouviu uma voz o chamando um tanto quanto alto e pensou em fingir que não era ele ao ver e ouvir Louis gritando no meio de tantas pessoas. Andou até o mais velho enquanto resmungava algo como "por que ele sempre tem de me constranger?", mas ao aproximar-se de tal, apenas largou suas malas e o abraçou, lembrando do quão ansioso esteve por aquilo durante todos aqueles meses. Ele estava feliz por Tomlinson não tê-lo esquecido na primeira semana e eles terem se aproximado muito nos últimos meses.

Amsterdam | l. s.Onde histórias criam vida. Descubra agora