➵ london

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bem vindos ao penúltimo capítulo, ele tem 5k de palavras :)

Quase duas horas depois, Harry estava parado em frente àquela fileira de táxis com aquele buquê de flores diversificadas em mãos e ele apenas não sabia se deveria entrar em um dos carros, pois ele só se deu conta que não tinha lugar para ficar quando adentrou um táxi e quando o taxista o perguntou o destino, ele notou que não podia dizer o nome do hospital, porque estava com suas malas. Em seguida ele saiu em silêncio do veículo, ficando minutos ali sem pensar em nada, porque ele ainda estava meio desligado. Quando finalmente se tocou que tinha de sair dali antes que passasse mal ou perdesse o horário da consulta, pegou seu celular, vendo ali algumas mensagens de Louis que ele ao menos leu. Acessou a internet, pesquisando rapidamente por algum hotel próximo do hospital que pudesse ficar e aliviou-se por não precisar fazer reserva semanas antes, em seguida pegou um táxi e dessa vez deu o nome e endereço do hotel.

Minutos depois ele estava sentado na cama do quarto que solicitara, encarando seu celular que tocava. Mesmo depois de ver que era Louis — preocupado, de acordo com as mensagens anteriores não respondidas —, ele não atendeu. Ele queria que o mais velho pensasse que estava ocupado cuidando de sua mãe ou algo do tipo, no entanto ele estava somente chateado demais para conversar.

Harry também não tinha criado coragem para ir ao hospital ainda, embora soubesse que deveria estar lá antes que lhe desse falta de ar e não haveria ninguém ali para socorrê-lo. Ele demorou mais uma hora ignorando as mensagens e ligações de agora Liam e Nicholas também, para depois ir de ônibus até o hospital em que seu médico trabalhava e sua sorte era que chegou apenas quinze minutos atrasado para a consulta. O hemograma, mielograma e biópsia de sua medula óssea feitos tiveram seus resultados prontos em algumas horas, portanto ali estava o diagnóstico de anemia aplástica severa no prontuário de Harry.

Agora é minha vez, ele repetia deprimentemente para si mesmo em pensamentos, tendo memórias voltando em sua mente de quando sua mãe e depois irmã foram diagnosticadas. Lembrava-se de quando sua mãe só o contou o quão doente estava após Harry assistir ela tendo uma hemorragia e então sentir-se tão assustado com aquele som alto da ambulância levando-a para algum lugar, ele era apenas uma criança quando aconteceu.

Gemma, tendo seus dezoito anos, não permitiu que seu irmão fosse para algum orfanato e lutou para conseguir sua guarda, ao menos ela o contou que estava doente da mesma coisa que sua mãe antes do cacheado presenciar o mesmo de antes. No entanto, ele acompanhou as manchas aparecendo na pele de sua irmã; a ajudou algumas vezes enquanto ela tinha falta de ar, mas não conseguiu chamar a ambulância à tempo quando começou a sair tanto sangue pela boca dela e ele soube que aquilo era uma hemorragia e a mataria.

No mínimo ele estava quase completando vinte anos e não era mais uma criança tão inocente que não fazia ideia que alguém poderia sangrar tanto assim.

— Eu sinto muito. — ouviu o médico lamentar, apertando afetuosamente o ombro do garoto.

Ele não sabia se fazer o tratamento em um hospital considerado melhor lhe daria mais o mínimo chances de viver, porque sua mãe e irmã haviam sido cuidadas em Manchester mesmo e bem, isso claramente não estava funcionando. Logo ele decidiu pesquisar um pouco mais sobre hospitais especializados em anemia aplástica e ali estava ele, talvez querendo ter alguma esperança por causa de Louis; isso se o homem não tivesse definitivamente desistido de si.

Amsterdam | l. s.Onde histórias criam vida. Descubra agora