𝐒𝐓𝐄𝐕𝐄 𝐑𝐎𝐆𝐄𝐑𝐒

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┃Boa leitura.
┃Hot. Reescrito.
┃Esse capítulo contém cenas de sexo.


┃STEVE ROGERS

   SEU OLHAR ESTAVA CANSADO, COMO SE TIVESSE passado a noite lutando para manter os olhos fechados e a mente em calma

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   SEU OLHAR ESTAVA CANSADO, COMO SE TIVESSE passado a noite lutando para manter os olhos fechados e a mente em calma. Mas foi em vão; ele perdeu a batalha e passou a noite em claro. Embora eu quisesse acreditar que isso era apenas uma suposição, sabia que era exatamente o que havia acontecido. Seu corpo estava tenso, com os músculos se contraindo a cada movimento, as falas arrastadas, os gestos repetitivos. Desde que sua mente começou a travar uma batalha com o que aconteceu um ano atrás, ele tem vivido no piloto automático.

O Tratado de Sokovia nos tirou toda a liberdade quando decidimos não assinar o acordo com o governo. Desde o dia em que Sharon roubou nossos equipamentos, fomos tratados como criminosos de alta periculosidade, declarados fugitivos. Desde então, nossa vida se transformou em uma loucura, sempre correndo, sendo reconhecidos e, na maioria das vezes, denunciados. Isso me irritava profundamente ─ havíamos salvado milhares de vidas, e ainda assim éramos recebidos com ingratidão. Steve se sentia culpado por não conseguir encontrar um lugar estável para nós, e isso o atormentava.

Eu nunca o culparia, jamais. Foi minha escolha estar ao lado dele nessa luta, e minha decisão de fugir e ignorar completamente aquele acordo.

Mesmo assim, ele continuava se movendo pelos cantos, como se estivesse no automático, afogado em culpa. Corpo em um lugar, mente em outro.

Era doloroso vê-lo assim, tão perturbado e confuso com tudo que estamos passando. Steve sempre foi alguém de muita confiança, sempre soube o que fazer ─ ele era o símbolo da esperança americana. Ver essa esperança desaparecer era devastador. Fiz tudo o que podia como uma boa parceira: respeitei seu momento, estive presente quando ele precisava falar, me calei quando ele precisou de silêncio, e dei todo o espaço quando necessário e segurei sua mão quando ele buscou apoio. Agora, eu já não sabia mais o que fazer. Ele fingia força, mantinha o foco, mas eu sabia que estava completamente exausto.

Quando nos conhecemos, era um pôr do sol. A vista era linda, com o céu tingido de tons alaranjados. Eu estava correndo, tentando esvaziar a mente, me perder nos meus pensamentos até que tudo desaparecesse. E foi assim que o encontrei. No meio da corrida, acabei colidindo com ele, e o que começou como um momento constrangedor logo se transformou em algo mais. A partir daquele dia, tudo começou a fluir, a melhorar, a se tornar real. Eu me tornei dele, e ele, meu. E nada era mais natural do que recordar o passado, de como era viver uma vida calma, respirar sem medo, sabendo que tudo era possível enquanto estivéssemos juntos.

Brooklyn, Nova York. O mesmo pôr do sol se repetia diante de mim, com os fortes tons alaranjados pintando o céu. Sorri suavemente ao ver isso. Na pequena bolsa que carregava, trazia algumas comidas e uma garrafa de whisky – precisávamos de mais do que uma garrafa, mas ela seria suficiente para acalmar, nem que fosse por alguns minutos. A altura do edifício me assustava, mas eu estava disposta a relevar esse medo se fosse para tentar animá-lo.

𝐌𝐀𝐑𝐕𝐄𝐋, 𝖺𝗏𝖾𝗇𝗀𝖾𝗋𝗌 𝖨𝖨Onde histórias criam vida. Descubra agora