#13 Esquecer ou Perseguir?

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Ao chegar ao palácio, Malachi procurou Angus:

- Olá.

- Olá, alteza. Como está? Todos o procuraram preocupados. Se não me tivesse avisado algum tempo depois, a rainha teria enviado um comunicado à imprensa.

- Que exagerados! Apenas fui visitar a Mia. Mas... preciso de um favor.

- Claro. O que quiser, alteza.

- Eu prometi que jamais lhe mentiria. Logo, preciso que mandes uma mensagem para ela do meu telemóvel.

- Uma mensagem?

- Sim. Escreve... - Passou o telemóvel para o mordomo e ditou – Querida Mia, estou bem. Parece que voltou tudo ao normal. Poderás voltar para casa sem problemas. Obrigado por todo o teu esforço. Sempre recordarei o que fizeste por mim. Estou em dívida para contigo. Qualquer dia visitarei o teu Distrito. Prometo. Malachi.

- Alteza... se me permite... qual destas é a mentira?

- Não te preocupes também, Angus. Ficarei bem.

O príncipe voltou a pegar no telemóvel e entrou no quarto. Deitou-se e fixou o olhar no teto. Mia jamais sairia da sua mente e muito menos do seu coração. Ao adormecer, sonhou com Mia:

Juntos estavam no laboratório e Mia sorria a tentar fugir dos braços dele. Abraçaram-se e ela disse:

- Vais ser meu, Malachi. Só meu.

Geralmente quando ela dizia essas palavras, uma calamidade separava o casal. Mas dessa vez, Mia segurou na face de Malachi com as duas mãos e beijou-o apaixonadamente. O rapaz respondeu-lhe entre beijos:

- Já sou teu, Mia.

Pela primeira vez desde que ficara apaixonado, Malachi conseguiu dormir a noite toda.

...

No dia seguinte, a Rainha mandou chamar o filho e Malachi sentou-se junto à mãe.

- Como te sentes? - Sorriu ela.

- Bem. - Respondeu sem uma ponta de sorriso.

- Dormiste?

- Dormi.

- Ontem passaste muito tempo com a Mia. Isso costuma acalmar as noites.

Malachi acenou afirmativamente com a cabeça, no entanto a rainha percebeu que o sorriso do príncipe não aparecia.

- Ela vai embora no fim da semana, certo?

Malachi cruzou os braços derrotado e respondeu:

- Sim.

- Tens de ir com ela. Enquanto eu estou viva... quero que sejas feliz, filho. E enquanto não és rei, tens uma vida para viver! Vai com ela!

- Não posso. É muito difícil controlar os impulsos de querer abraçá-la... beijá-la...

- Eu passei por isso, querido. Eu sei. Mas... também sei que podes virar o jogo. Eu conquistei o teu pai. Podes fazer o mesmo com a Mia. És lindo, meu amor. De certeza que ela não ficará indiferente para sempre.

- Como posso conquistá-la se... mal consigo falar quando estou com ela? O melhor é ficarmos separados.

- Não me deixas alternativa! Se não fores com ela... eu dou ordem e mando matá-la!

- O quê? Estás a brincar, mãe?

- Ouve: se ela ficar longe e chegar a apaixonar-se por outra pessoa, podes chegar a morrer! Então, se queres tanto ficar morto, eu mato-a e ficas livre.

O Perfume da Mia (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora