Capítulo 5

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Charlote

Estalei meus dedos pela quinta vez

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Estalei meus dedos pela quinta vez. Lembrei que alguém um dia me disse que faria meus dedos ficarem mais grossos e isso costumava me fazer parar com essa mania por um tempo já que eu ficava com medo de não conseguir usar anéis pro resto da vida, mas agora dane-se anéis, eu estava muito nervosa e essa era minha forma de fazer passar quando eu estava de pé e não podia balançar as pernas.

Minhas primas estavam se divertindo, cada uma com um copo na mão, com alguma bebida colorida. Nenhuma delas soltava ou os perdia de vista após meu alerta. Vai saber quem era bom ou mau naquela multidão de gente....gente demais, no caso.

Era inevitável não ter um certo ataque de pânico ao ver tantos seres humanos por metro quadrado. Eu era meu pai naquele momento, mas não tinha certeza se estava com medo dos micróbios e bactérias ou era aquela sensação de erro e um arrepio na nuca que me perseguia.

Por vários minutos achei que era a tal da intuição feminina me dizendo para tomar cuidado com a dupla de primos com o sorriso branco que não saiam perto, mas no momento que eu presenciei os dois conversando sozinhos sobre a irmã de um deles que tem 12 anos e ganhou um cachorrinho, tirei a ideia da cabeça. Não tinha como eles serem os caras maus.

Depois de um tempo eu só tentei não ser tão paranoica. Eu podia olhar para o lado e me fazer relaxar ao ver Alice se divertindo enquanto conversava com um cara lindo e alto que estava tão concentrado nela quanto ela nele. E Alice nunca foi boa em conversas com estranhos, conversas com caras ou conversar com caras estranhos e lá estava ela, fazendo exatamente isso.

Achei melhor pensar que eu estava indo bem no começo de minha missão em provar ao meu pai que sei me virar sozinha e então trataria de esquecer logo minha paranoia.

- O plano é socar alguém ou quebrar os dedos?

A voz veio do nada e me assustou. Era Jonas e ele sorria.

-Porque? Quer ser o primeiro a tomar um soco?

Não consegui controlar o tom agressivo na minha voz. Por um segundo eu percebi que o cara quase desistiu de manter uma conversa comigo.

-Foi mal, esse bando de gente junta me dá uma imensa agonia.

Sorri tentando ser mais amigável e ganhei um belo sorriso de volta. Ele relaxou e eu também.

-Você tem problema com multidões?

-Mais ou menos.

-Quer ir para algum lugar mais reservado?

Cerrei os olhos para o cara. A pergunta me deixou decepcionada por estar enganada a respeito dele. Todo mundo sabe que caras direitos não chamam garotas direitas, numa festa, sendo uma estranha e em meio a um quase colapso nervoso e que por sinal é prima da garota a quem dirigia seu flerte a 30 segundos atrás, para um lugar mais reservado. Isso era coisa de gente mal-intencionada.

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