Capítulo I

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P.O.V. BELLA

Eu estava de boa na escola quando minha professora de Ciências, Daniele Schallabrini (a que eu mais ODEIO) anunciou a chegada de um novato chamado Grover Underwood. Eu não estava prestando atenção no que ela dizia, como sempre estava desenhando coisas aleatórias no meu caderno. Então ela falou “Senhorita Brettas...”, eu apenas levantei os olhos, “já que você está prestando tanta atenção no que eu estou dizendo, poderia me dizer qual o nome do novato?”, eu sorri sarcasticamente e disse:

– Hmmm... Deixe-me ver... Grover Underwood. – Chupa bitch pensei.

Ela me olhou com aquela cara de vaca velha e perguntou “o desenho tem algo a ver com o que eu estou dizendo?”, “Não” eu disse e voltei minha atenção para o desenho.

– Então a senhorita poderia fazê-lo aqui na frente?

– Não – repeti.

– Portanto faça o favor de desenhar lá fora.

Eu sorri e disse “Com prazer”, e pude sentir o olhar dela me fuzilando ao sair da sala com o caderno e o lápis.

Quando o sinal soou o povo saiu correndo para o intervalo como se não houvesse amanhã e ouvi um barulho de alguém trotando enquanto o garoto novo corria para a cantina gritando “enchiladaaaaaaaaaa” e eu fiquei, tipo ahhhn?

Os dias se passaram e eu bati meu recorde de expulsão de aula (em especial, ciências) e a cada dia que se passava o garoto novo olhava mais para mim, eu ficava pensando que ou ele era um psicopata planejando cada segundo da minha morte ou ele era apenas um cara muito, muito esquisito.

Um dia, ele me parou e começou a falar umas coisas estranhas rápido demais para eu entender, só consegui distinguir as palavras “meio-sangue”, “grego”, “deuses” e “acampamento”. Eu fiquei, tipo ahhn²?, então comecei a me lembrar sobre uma matéria que eu havia estudado no sexto ano e uma ideia veio a minha cabeça. Eu já havia reparado no seu jeito de andar...

– TIRA AS CALÇAS!!! – Gritei apontando para ele.

– What? – Ele parecia confuso, mas meio assustado. Hum, pensei, suspeito.

Lancei-lhe um olhar assassino e ele finalmente tirou as calças e pude ver suas pernas peludas.

– Porra véy, você precisa dar uma depilada... Use Cera Veet, o Gilette faz nascer mais grosso.

– Mano, eu sou um sátiro – ele disse com uma cara de af, vey!

Eu fiz aquela cara que as pessoas fazem quando veem um sátiro e disse “um sátiro. Que mágico!”. Ele me falou sobre um acampamento para semideuses e disse que eu era uma e eu fiquei tipo ahhn³?. Ele perguntou se eu tinha os dois pais e eu respondi que eu não havia conhecido o meu pai, depois ele perguntou se eu havia sido diagnosticada com TDAH ou Dislexia e eu falei que tinha apenas TDAH. Ele disse que esse era um dos “efeitos colaterais” de um semideus e falou que teria que me levar para o tal acampamento.

– Você pode ser um assassino tentando me atrair.

– Você viu que eu tenho pernas de bode, se eu for um assassino você vai correr mais rápido que eu.

– O.K., me convenceu.

Entramos em um táxi e ele falou para o motorista o nosso destino.

Quando chegamos, o taxista perguntou se estava certo porque tudo que ele estava vendo eram campos de morangos, Grover assentiu.

Quando chegamos vi uma bagaça que eu não sei o nome e nela estava escrito uma coisa em grego antigo e, não sei como, consegui traduzir.

Entramos juntos e de cara vi minha prima mortífera, mas que eu amo, [n/Izabella: não amo não] Júlia. [n/Júlia: ama sim! ~olhar ameaçador~]

The Zuera Never EndsOnde histórias criam vida. Descubra agora