Capítulo 8

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-Oi, eu posso entrar? -Paula está encostada na porta segurando a maçaneta.

-Claro, amor! Entra. - ele estava com alguns papeis na mão.

-Como você está?

-Como você acha que estou? - ele colocou os papeis na mesa, colocando a mão sobre a boca.

-Fernando você está muito preocupado, está na cara.

- eu sei.

-Sabe o quê eu estava lembrando? Paula se senta na frente de Fernando pegando uma caneta para brincar.

-Não, o quê?

-Dê quando a gente se conheceu, do nosso primeiro encontro. -Ela o olha e dá um sorriso permitindo com que ele se lembre.

-Que engraçado. -Fernando colocou o braço sobre o apoio da cadeira e colocou a mão no queixo.

-O quê é engraçado?

-Nós!

-Nós?! - ela o olha sem entender.

-É, estamos sempre em sintonia! 

-Você estava pensando no quê?

-Em nós também.

-Ah, lembra de como você superou tudo o que passo com a sua ex?

-Lembro sim! E você me ajudou muito, acho que tudo mudou depois que você soube da minha história com ela, né?!

-Claro que não! Eu já te achava um gato, mas não poderia demonstrar isso pra você, né! -ela riu

-Que ótimo! Acabei de saber que minha esposa e uma ótima atriz. - Fernando dá um sorriso de canto.

-Ah, e você ainda não viu nada!

-Ah, que ótimo e você vai me mostrar? - ele sorri.

-Vou sim! Mas não aqui, talvez mais tarde porque agora temos coisas pra fazer. -Paula dá um sorriso se levantando da cadeira.

-Então vamos lá, né!

-Então, eu já liguei para o advogado e ele já está vindo para cá.

-Tá bom! Agora eu tenho uma reunião mas se ele chegar antes de acabar, pede para ele me esperar, tá?- Fernando se levanta da cadeira.

-Tá bom, eu falo. Boa sorte -Paula dá um beijo rápido em Fernando.

-Obrigado, eu vou precisar!

-É, eu sei. -Paula respondeu para si mesma.

Depois de uma longa reunião com alguns investidores, Fernando foi conversar com o advogado. O que não foi nada fácil, a conversa deles foi definitiva! Eles teriam que fazer muitos sacrifícios para que a empresa se reerguesse, eles teriam que despedir alguns empregados o mais rápido possível.

 Fernando ficou totalmente abalado, Paula foi dirigindo por que ele não tinha condições.

-Eu vou para o quarto, tá! Eu quero deitar e dormir. -Fernando estava muito cansado e abatido.

-Tá! Eu só vou pegar uma água e já subo também.

-Ok, eu te espero lá, então.

Paula já tinha tomado uma decisão de despedir Sara, ela só teria que ter coragem para fala com ela e seria nessa noite mesmo.

-Boa noite, senhora. -Sara estava lavando os pratos do seu jantar.

-Eu não sei, você é tão boa, Sara! -Paula resmungou.

-Por que senhora?

-Porque eu... -Alguns minutos de silêncio. -Eu tenho que te dizer uma coisa.

-Pode dizer!

-Você não vai gostar muito disso. -Paula fica em silêncio tentando achar a melhor forma de demiti-la. -Bom, você sabe que eu gosto muito de você! Você tem sido uma ótima funcionária, e se eu pudesse jamais faria isso com você.

-O quê? A senhora vai me demitir? - Sara para de lavar os pratos e olha diretamente para Paula.

-Sara, eu sinto muito, mas é isso mesmo. -Paula abaixa a cabeça tentando não olhar para Sara.

-Mas por quê? Eu fiz algo errado? -Ela procura encontrar alguma resposta no rosto de Paula.

-Não, é que a empresa quebrou e para que ela possa se reergue a gente precisa diminuir alguns gastos. E eu quero começar por aqui, me desculpa! Mas é preciso. Eu sei fazer as coisas de casa, então eu vou fazer tudo o que posso para diminuir as dispensas.

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