Capítulo 2

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-Paula, o que deu em você? Eu cheguei hoje de viagem e você já quer brigar comigo?- Fernando levantou o tom de voz.

-Eu não. –Paula apontou para si mesmo. - por isso mesmo que vou para o quarto, para não brigar com você. –Paula subiu as escadas.

-Ah... É claro, agora a culpa é minha? O que eu fiz de mal? –Fernando perguntou sem entende o que tinha dito de errado.

-Você nada, aliás, você nunca fez nada. - Paula gesticula com as mãos. - Você é perfeito! O marido dos sonhos de qualquer uma. -Paula respondia muito irritada.

Qualquer um poderia entender os motivos de irritação de Paula com Fernando, menos ele é claro.

-Mas eu não te dou tudo?-Fernando tenta justificar. - O quê você quer mais? Não lhe falta nada. –ele chega a conclusão indignado.

-Realmente, você me dá tudo o que eu quero. –os olhos de Paula se enchem de lagrimas. -mas nada do que eu preciso.

-E do que você precisa?- Fernando não conseguia compreender.

-De você!- Ela gritou. - Você não me dá atenção, não fala comigo, só sabe perguntar da empresa eu não sou a empresa, eu sou sua esposa. – Paula já não tinha mais forças para falar.

-há não... Lá vem você de novo com essa história que eu não te dou atenção. Fernando jogou os braços. Para né. - ele colocou a mão sobre a testa.

-Já parei Fernando, já parei. –Paula se calou.

Sara sem perceber o que estava acontecendo interrompeu a conversa.

-Com licença, a mesa já está posta. - ela parou de sorrir quando percebeu o clima entre os dois.

-Eu não vou jantar. - Paula olhou para sara. - Tenha um bom apetite, sozinho. - Paula responde se virando para Fernando.

-Eu não vou jantar sem você. – Fernando diz firmemente.

-Ótimo, Então fique sem jantar. – Paula respondeu sarcasticamente.

-Paula, por favor, pelo menos jantar comigo eu cheguei agora. – Fernando abaixa o tom de voz.

-Você não disse que eu não te deixei um dia em paz? Fique em paz agora, Boa noite. –Paula termina de subir as escadas.

-Paula? Paula? - ele gritou no ultimo degrau da escada.

Fernando se virou em direção da Sara meio sem graça e perguntou:

-O que ela quer de mim?- ele apontou para si. - Eu já não dou tudo o que ela quer? – ele apontou para a escada.

Fernando realmente achava que não faltava nada para Paula, mas ele não conseguia ver que as necessidades dela estavam além do que o dinheiro poderia comprar.

Fernando odiava comer sozinho, por isso pediu para que Sara preparasse uma bandeja para que ele leva-se até o quarto.

...

-Obrigado, Sara. –Fernando pega a bandeja de sara.

-De nada, o senhor vai precisa de algo mais? – sara realmente gostaria de ajuda-lo.

-Não, pode se retirar. Acho que não vamos precisar mais de você hoje. –Fernando se vira para subir as escadas.

-Tudo bem, eu vou me recolher se precisar e só me chamar boa noite.

-Boa noite. -Fernando sobe as escadas.

Mesmo quando Paula estava nervosa não tinha o costume de trancar a porta do quarto.

-Eu trouxe o jantar. - Fernando disse abrindo a porta com dificuldade.

-Eu disse que não queria jantar. -Paula estava deitada em cima das cobertas da cama.

-Paula, não faz isso. – Fernando colocou a bandeja sobre a mesa. - você sabe que eu odeio comer sozinho. –ele se sentou na cama.

-E eu odeio quando você me trata como uma funcionária. – Paula estava irritada ainda.

-Eu não te tratei assim. -Fernando parecia cego para algumas coisas.

-Foi à única coisa que você fez durante a sua viagem, e quando chegou nem perguntou de mim só da empresa. - seus olhos estavam cheios de lagrimas novamente.

-Mas eu não liguei pra você vim mais cedo pra casa? –Fernando tenta se justificar.

-Sim, e eu achei que você fosse fazer algo especial, diferente. – ela se senta na cama. - Mas a quem eu quero enganar? Você não faz isso. - ela colocou a mão sobre o rosto limpando a lagrima que estava prestes a cair.

-Você está sendo injusta. – Fernando se levantou.

-Ah, é mesmo? – Paula pergunta sarcasticamente

- sim, eu tinha algo em mente, mas você sempre quer brigar. - Fernando não fazia ideia do que poderia inventar para reverte aquele caso.

-Ah tá, e o que você tinha preparado?

-Paula o olhava fixamente esperando apenas que ele gaguejasse.

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