capítulo 56

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Paula estava com as pernas agarradas na cintura de Juliano, ele abriu a porta do quarto e se direcionou a cama, que não estava longe. Com Paula já na cama, ele tirou sua blusa lhe dando outro beijo. Paula desabotoava sua camisa, ele ficou de joelhos, para ajudá-la. Juliano a pegou novamente no colo para colocá-la no travesseiro. Quando Paula teve outro feedback: ela estava deitada sorrindo, parecia estar feliz. Beijando e abraçando alguém que não conseguia ver o rosto. Paula estava mergulhada nessa "lembrança", quando foi puxada para a realidade, com Juliano a chamando:

-Paula? -ele pareceu perceber, que ela estava em outro lugar.

-Oi?- ela se sentou aproximando o seu corpo do dele.

-Está tudo bem? - ele a olha preocupado.

-Está sim, eu só... Deixa para lá.

Ele chega mais perto para dar outro beijo, mas ela abaixa a cabeça e diz:

-Desculpa!

-Está tudo bem mesmo? Você parece distante. - Ele a olha preocupado enquanto coloca uma mecha do cabelo  de Paula atrás da orelha

-Está sim, só me desculpa! Não é a minha intenção parecer fria.

-Tudo bem! Não tem problema, você vai conseguir, eu sei que vai.

-Obrigado, pela confiança e paciência.

Na manhã seguinte Paula despertou sozinha na cama. Ao lado, na cabeceira havia um bilhete, escrito a mão:

Paula, eu gosto muito de você, mas percebi ontem que você não é a mulher certa para mim!
Me desculpe, mas e melhor você fica aqui na Itália.

Ela ficou desolada, mais uma vez tinha sido usada e enganada.
Mas decidiu que iria sim,Para os Estados unidos! Ela arrumou tudo o que precisava para não deixar seu negócio ir a falência, e viajou.

Ela chegou nos Estados unidos sem conhecer ninguém, ela estava por conta própria. Apesar da perda da memória, ela ainda sabia falar inglês. Paula alugou um apartamento e um espaço para abrir novamente a sua loja de doces brasileiros.
Sozinha nos Estados unidos, ela começou a ter uma tristeza profunda, e por não ter achado Juliano, piorava a sua situação. Ela procurava não ficar sozinha, só para não lembrar do vazio que existia dentro de si. Para piorar os feedback estavam aumentando, a medida que ela vivenciava algo parecido com o seu passado.
Uma certa noite, Paula fechou a loja mais tarde. Não havia ninguém na rua, o seu vazio estava maior que o normal. Então ela foi até a ponte são Francisco, ela ficou parada por um tempo, olhando o mar. Uma moça que estava passando por ali ah viu e achou estranha a sua atitude, então decidiu ir falar com ela:

-Oi!

-Oi! -Paula tomou um susto!

-Está tudo bem com você?

-Está sim, obrigada por se preocupar.

-Olha, eu já estive aí sabe?!

-O que?

-Eu já estive no lugar que você está, eu olhei para essa ponte do mesmo jeito que você está olhando! Mas quando eu estava pronta para me jogar, alguém segurou a minha mão.

-Como é? O que você acha que eu estava fazendo?

-Calma, não precisa se exaltar. Eu só quero fazer um convite para você, amanhã vamos ter uma reunião muito especial.

-Igreja! Você está me chamando para ir a igreja?

-Isso, bem aqui tem um convite com o endereço e o horário, apareça lá, vai ser muito bom. - a moça estendeu a mão com o convite.

Paula exitante decidiu aceitar o folheto. -Obrigado!

A moça saiu, Paula permaneceu alguns minutos parada com o folheto na mão, depois de um tempo ela foi para a casa. Durante o caminho algo estranho aconteceu, Paula sentiu muita dor na cabeça e relances de imagens começaram a aparecer, ela decidiu pegar um táxi, para chegar em casa com segurança.

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