SENHOR CONTROLE

prólogo

Casei com 22 anos, com meu primeiro namorado.
Hoje tenho 34 anos e um casamento fracassado.
Fui esposa dedicada e amorosa ao longo dos anos, porém Luis não deu valor a isso.
Descobri que durante todo o nosso casamento ele vinha me traindo.
Ao descobrir perdi toda a vaidade e vontade de viver. Já não me cuidava mais.
Unha, cabelo, sobrancelhas não eram mais feitos.
Sempre fui uma mulher bonita.
Por onde passava, chamava atenção, seios e bunda Grande, coxas torneadas.
Sorriso cativante. Todos elogiavam meu sorriso.
Para não entrar em depressão me aproximei mais de Deus.
Porém minha estima continuava baixa. Eu havia engordado muito.
Luis me fazia sentir um lixo em todos os sentidos. Até meu sorriso que era minha marca registrada ele me tirou.

Fevereiro 2017, Malas prontas para o acampamento de Retiro de Carnaval com Cristo.
Tudo Corria normalmente como nos anos anteriores.
Muitos jovens fazendo e muitos jovens e casais trabalhando para que a obra de Deus fosse realizada.
Todos teria que dormir os 4 dias de Carnaval na chácara.
No meu chalé ficou eu e mais uma moça.
Na primeira noite devido ao cansaço dormir perfeitamente bem.
Já no domingo de Carnaval mesmo estando cansada da Correria não conseguia dormir de forma alguma.
Tomei um banho gelado.
Coloquei roupa de dormir e fiquei ali pensando na vida.
Estava um calor insuportável e o ventilador estragou. A moça que estava comigo foi chamar alguém para arrumar.
E para minha surpresa era o Fernando, um jovem que já havia trabalho comigo em outros encontros da igreja.
- Oi tia Rebeca. Os casais são chamados de tios
- Oi Fernando!!! Como está a correria.
Fernando faz parte da comissão organizadora.
- Nossa estou muito cansado. Mas perdi o sono.
Fernando sentou aos meus pés no colchonete eu continuei deitada.
Conversamos sobre vários assuntos.
Percebemos que a moça tinha dormido e para não atrapalha- lá ele sugeriu que conversassemos lá fora. Eu topei. Afinal lá dentro tava muito quente e eu não ia consegui dormir mesmo.
Sentamos a beira da piscina e continuamos a conversar. Ele falou das ex namoradas, que por acaso eram minhas amigas. Eu falei da traição de Luis.
Lembramos de outros encontros que trabalhamos juntos.
Nunca tinha parado para conversar com ele. Ele era muito bacana.
Poderíamos ficar ali a noite inteira, porém começou a chover...
Corremos, para o primeiro chalé que tinha, que por acaso era o dele. Onde ele dormia sozinho. Era bem menor que os demais mas tinha até TV. Ele tentou ligar para a gente assistir enquanto a chuva passava. Porém o sinal tava ruim.
Ele colocou uma música para tocar no celular.
Deitou no colchonete e me mandou sentar.
Ele disse que tava muito cansado e estressado eu disse que ele podia dormir. Que quando a chuva passasse eu iria para meu chalé.
Conversamos mais um pouco. Deitei ao seu lado. Ele disse que estava com os ombros doendo. Perguntei se queria uma massagem
- Nossa adoraria!!
Ajoelhei ao seu lado e comecei a massagea-lo.
- Humm, isso tá bom hein?
Disse ele.
- Minhas mãos são pesadas...
- São mesmo, mas vc sabe trabalhar com elas.
Para maior eficácia sentei em suas costas.
A chuva lá fora não cessava.
Continuei a massagea-lo. Ele ficou quieto. Pensei que ele tivesse dormido e deitei ao seu lado.
Ele se virou.
-Pensei que tava dormindo. Falei
- Como é que dorme falou com a respiração pesada.
Até então pra mim tava tudo sobre controle.
Mas ele pegou minha mão e colocou no seu pau.
- Tem como dormir assim?
Puxei a mão e fiquei ali deitada ofegante.
Nossas respiração era quase palpável.

Muito tempo eu não sentia atração por ninguém.
Eu disse isso a ele.
A mais de quatro anos que eu o conhecia e ele sempre uma pessoa seria e reservada.
Eu ali do lado dele louca para ser tocada. E pela respiração dele era o que ele queria.
- Rebeca. Acho melhor você ir. Falou apoiando nos cotovelos.
Fernando é um rapaz bonito. Branquinho, magrinho, lábios grossos, olhar marcante.
Olhei para seus lábios com desejo...
- Mulher, não me olha assim. Tá difícil de controlar. Falou tentando me beijar.
Se eu o beijasse seria a minha perdição.
Levantei... e disse que estava indo, ele abriu a porta e olhou lá fora. Tava tudo quieto a chuva tinha passado.
Dei boa noite e sai.