Forninho.

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Bebê arteiro.

Me encontrava na cozinha fazendo o almoço, eu sou um desastre na cozinha, não no sentido de cozinhar mal, eu cozinho bem, mas é no sentido de deixar tudo cair no chão; talheres, tampas de panelas, temperos e outras coisas. Teve um dia que deixei cair uma tampa de panela no pézinho do meu bebê, eu não sabia se chamava meu marido, se eu chorava, se eu pegava meu bebê no colo, mas acabei chorando igual criança na frente dele, eu me senti uma péssima mãe, até ver o pingo de gente começar a gargalhar da minha cara. Eu, Park S/N, sou muito preocupada com o meu filho sim, mas aí você vai chorar toda desesperada vendo o pézinho do seu filho com uma marca roxa, aquele pé gordinho, a sola do pé era tão limpinha que dava pra ver a cor bem rosinha, que dá vontade de morder, e aí a criaturinha começa a rir da sua cara, até ai beleza, quando comecei a parar de chorar e rir junto com ele, o pestinha fica sério e franze as sobrancelhas, aí eu pensei "pronto, ele sujou a fralda pela quarta vez em duas horas", antes fosse isso, mas o projetinho de Jung Hoseok, soltou um berro estridente em seguido de um choro alto, colocando as mãozinhas no pé ferido. Aquilo tudo foi é manha, nem estava doendo tanto o pézinho, ele estava era planejando a vinda do pai para a casa para brincar com ele. Só sei que naquele dia nunca ri e chorei tanto na minha vida, com apenas três anos de idade, Jimin já fazia altas artes. Bem, meu marido, Hoseok, é enfermeiro e Jimin sabia exatamente a função de um enfermeiro, e ele usou como desculpa, o pézinho machucado, para fazer o seu papai vir para casa mais cedo. Ah, garoto esperto.

Notei um silêncio incomodo, não tinha barulho de algo se quebrando, não tinha berrinhos agudos, não tinha barulhos de bonequinhos indo de encontro com o chão de madeira, não tinha barulho de Park Jimin.

Meu Deus, o meu filho.

Corri para a sala e já comecei a entrar em desespero ao ver que Jimin não estava ali. Andei apressadamente para o corredor que havia ali na sala, que dava acesso aos quartos e banheiro. Entrei no quarto do meu bebê e não o vi no cômodo, pronto, nem deu tempo da raba trancar que eu já estava correndo desesperada para os demais quartos. Fui achar ele sabe onde? No meu quarto. Sabem o que ele estava fazendo? Ah, eu queria não contar para eu não ficar com os cabelos em pé.

O projetinho de Jung Hoseok estava ali, usando o jaleco do pai, que estava enorme nele, os instrumentos de enfermagem de Hoseok e um ursinho, que fofo, UM URSINHO TODO RASGADO E PINTADO COM CANETÃO VERMELHO.

— Jimin! – Exclamei alto me aproximando do bebê, o observando levar um leve susto. — O que você está fazendo? Por que o seu Mike Wazowski está todo rasgado e com essas marcas de canetão vermelho?

Blincando. – Respondeu inocentemente. — Ah mamãe, eu tô blincando de médico. E... e o urxinho tá dodoi e tá salindo sangue ó. – Pegou o ursinho e me mostrou. Suspirei fundo colocando as mãos na cintura e desviei meu olhar para o jaleco que ele usava, arregalei os olhos ao ver o estado daquele pano branco. Jung Hoseok vai ter um infarto quando ver o seu jaleco que era todo passadinho, limpinho e branquinho, estava com vários riscos de canetões de várias cores.

— Jimin. – Ofeguei me aproximando ainda mais do meu bebê e me abaixei para ficar na sua altura. — Jimin meu filho o que você fez? – Levei as mãos para o jaleco e comecei a tirar do corpinho do pestinha, analisando aquela vestimenta. — Seu pai vai ter um treco.

— Mas mamãe. – Disse manhoso, abraçando o ursinho todo rasgado e que "sangrava". — Eu fiz alguma coisa de elado? – Fez um beicinho pequeno enquanto observava o jaleco em minhas mãos.

— Você sujou tudo filho, seu pai agora vai brigar com você. – Joguei a vestimenta em cima da cama e me levantei, começando a recolher os instrumentos de enfermagem e os malditos canetões de lousa branca.

Bebê ArteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora