Espelhos, Máscaras E Outros Fragmentos Da Verdade

Sobre o que você tem em mãos. ..

      Estes escritos testemunharam minhas maiores glórias.  Mas, também, minhas mais sombrias derrotas. Estes escritos olharam nos olhos da minha infância.  Conheceram meu coração adolescente.  Aguardaram pacientemente o homem que eu viria a ser.
      Em algum lugar,  nos espaços vazios das entrelinhas destes textos, encontram-se, ainda desconexos,  fragmentos daquilo que almejo me tornar: O filósofo e o guerreiro. O pai e o professor.
      Quanto aos textos em si, tomei a liberdade de não organiza-los por idade.  Pois,  nem sempre aquilo que escrevo me surge melhor que aquilo que já escrevi.  Em virtude disso,  pareceu-me de pouca valia organiza-los cronologicamente.  Como última ressalva, quero deixar claro dois importantes pontos: Em primeiro lugar,  no que concerne ao guerreiro (empregado como termo simbólico para designar minha força e minha vontade), nos poemas e textos em que este aparece como tema, há,  sim, uma ordenação cronológica.  Senti-me na obrigação de abrir esta exceção,  pois há uma história por trás do guerreiro.  E toda história,  como se sabe,  é uma progressão de fatos e eventos. À medida que os demais poemas forem surgindo,  vocês testemunharam o guerreiro cair. Experimentar a perda, conhece a fúria e saborear a esperança.  Sendo esta, logo substituída por uma fé poderosa e inabalável.  Ao lerem estes poemas, vocês terão,  através dos olhos do guerreiro,  um breve vislumbre dos mais importantes momentos da minha vida.
      Em segundo lugar,  nem todos os poemas que aqui se encontram são do meu total agrado.  No entanto,  estam todos presentes.  Até o último deles. Sinto-me inclinado a acreditar que um poema não nasce ao ser escrito,  mas, somente ao ser lido.
      Então,  que seus olhos tragam à luz, estes poemas. Que seu coração encontre um significado que mesmo ao meu coração,  possa, por ventura,  ter passado despercebido.  Um novo significado.  Um significado apenas seu.

José Carlos de Souza.