Labirintos

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Eu olho a cidade.
Vejo um grande túmulo de concreto onde chuvas sem fim,
enterram noites longas demais.

O frio afasta o sono.
A água afasta o seu reflexo.
O vento trás velhas notícias
e cenas do que restou.

Estranhos esquecem meu rosto.
Eu me lembro do seu.
Todos buscam abrigo,
eu busco a mim mesmo.

Esqueço a chuva,
suporto o frio.
As ruas são labirintos,
quero voltar pra casa.

Espelhos, Máscaras E Outros Fragmentos Da VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora