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Ela abriu os olhos para a escuridão e, ainda assim, percebia a penumbra das coisas, a sombra do que eram e poderiam ser. E estranhamente, Gwen se sentiu calma, andou mais a frente e lá viu mais claramente seu anfitrião da primeira vez que esteve ali. Sem querer, ou talvez por impulso, ela ficou em alerta, tentando se defender de um possível ataque. Mas a figura escura e sinuosa, apesar do ar ameaçador e da aparência aracnídea, era amigável e, da sua altura.

"Não quero te assustar..." sussurrou a criatura "mas você é nossa única esperança".

-Por que?- a voz de Gwen soou abafada e longe, ecoando pelo lugar deserto-por que eu?

"Tem que quebrar o que a sua espécie chama de paradigma" disse a criatura.

-Para com as charadas e me explica de uma vez o que quer de mim-a menina exigiu.

"É muito perigoso eu contar" confessou a criatura "mas farei o que pede Guinevere"

A palavra Guinevere continuou ecoando, até um grande clarão passar e Gwen estava de volta ao seu quarto. Apesar do medo, sentiu que começava a simpatizar com a criatura, fosse quem fosse.

 Uma batida na porta de seu quarto terminou de trazer Gwen à realidade. Ela sorriu ao ver quem tinha abrido a porta.

-Joey!-Gwen se levantou, contente.

-E aí pequena?-o jovem a abraçou-senti sua falta quando chegamos. Sua mãe disse que ainda estava dormindo.

 -Chegaram?-Gwen estava em dúvida-ah claro, o almoço... é hoje? Mas nas minhas contas hoje é sexta!

-Não Gwen acho que sua cabeça está nas nuvens-Joey deu um sorriso-vem comigo?

-Claro só me dê um minuto-disse ela e Joey a deixou a sós.

Joey era seu primo de 16 anos, filho do seu tio Jonathan e de sua tia Nancy, que era irmã do tio Mike. Gwen recuperou-se daquela visão e foi até a sala cumprimentar a visita sem notar a nova mensagem em seu celular.

Coisas bizarras... e impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora