Coisas bizarras... e impossíveis

Provas

Mary era uma garota esperta e logo percebeu que todos os adultos colocavam uma ênfase na importância de sua mãe nos seus planos de derrotar o que chamavam de Mind Flayer. Ela não conseguia entender o porque disso, já que tudo que sabia sobre sua mãe era que ela era uma mulher simples, filha do antigo Xerife Jim Hopper, e que havia conhecido Mike Wheeler e seus amigos na escola. Ah, e que Jane e Mike se apaixonaram logo que de cara, desde muito jovenzinhos. Atualmente a mãe de Mary era só uma professora de História, exigente mas compreensiva, ela era assim com os alunos e em casa. Então Marian não entendia porque ela era vista como uma heroína. Antes que fizesse a pergunta que mais gostaria de fazer naquele momento, notou uma certa melancolia e preocupação extra em seu pai.

-Gente espera o pouco - Mary ergueu bem a voz para ser ouvida - por que é que a minha mãe é tão importante nisso tudo? Vocês falam de um jeito como se.... só ela fosse capaz de impedir o apocalipse.

-Mary, querida, é que... - o pai dela tentou, mas foi interrompido pela esposa.

-Mike, deixa, eu tenho que falar - Jane disse trocando olhares entre sua família - um dia tínhamos que contar e parece que o momento chegou e é agora.

-Está bem - Mike concordou, ainda meio triste.

-Mary, meninas - Jane suspirou - vocês sabem que na história do tio Will, os quatro amigos encontraram uma garotinha não foi?

-A que tinha poderes - apontou Darla prontamente - parecidos com os da Jean Grey.

-É, ela tinha fugido de um laboratório e cientistas do mal - concordou Mary - o que tem ela?

-Se o Mundo Invertido é real, então os amigos e a garotinha também são reais - ponderou Laura - quer dizer que são...

-Vocês! - completou Gwen - você, papai, tios Mike, Lucas e Dustin.

-Você é a 11 não é mãe? - Mary finalmente notou - mas como? Isso é totalmente impossível!

-Acredite Marian, não é - Jane segurou a mão da filha - eu sei bem tudo que passamos, até chegarmos aqui. E as histórias do tio Will são realmente sobre nós.

-E como é que eu sei que não está mentindo? - Mary se exaltou - mãe, isso tudo é um absurdo!

-Mary, eu sei que fui parar do outro lado - Gwen disse à amiga - e não foi só uma vez, todas as vezes foi muito real.

-Eu preciso de uma prova - pediu a jovem Wheeler, um pouco mais calma.

-Mas o que quer exatamente? - Gwen perguntou.

A jovem Byers desapareceu diante dos olhos de todos propositalmente, mas fora de seu próprio controle.