Miane

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Conselho: Leia este capítulo escutando Apology - IKON ❤️
(De preferência com fones de ouvido)

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Alexia on

Acordei com beijos no rosto e isso me motivou a abrir os olhos. Yehwan estava em cima de mim beijando meu rosto inteiro, de vez em quando mordia a minha bochecha que já devia estará vermelha.

- Bom dia sarang – me deu um selinho rápido e voltou a me fitar, me deixando envergonhada. Pus o travesseiro no meu rosto pra que ele não me olhasse, escutei uma risada abafada e o travesseiro foi tirado de mim sendo jogado pro outro lado da sala – Vc fica tão fofa quando está com vergonha – começou um beijo calmo, explorando cada parte da minha boca. Desceu pro meu pescoço deixando uma trilha de mordidas e beijos, o que me fez arrepiar dos pés a cabeça. Deu-me um ultimo beijo e saiu de cima de mim. Fui pro meu quarto e fiz minha higiene pondo meu uniforme. Fui pra cozinha e dei de cara com a Kary que estava fazendo algumas torradas.

- A noite foi boa? – me lançou um sorriso malicioso e lhe dei língua. Peguei algumas torradas, passei geléia e coloquei na minha boca, mas antes de colocá-la inteira ela foi tirada da minha mão pelo maior que se sentou ao meu lado e colocou em sua boca

- Yaah era minha – fiquei emburrada e cruzei os braços fazendo cara feia pra ele. Ele mordeu um pedaço e eu tentei pegar o resto, mas ele fez sinal de ''não'' com os dedos e apontou para o pedaço que estava entre seus lábios. Olhei pra Kary que estava entretida com seu celular e me aproximei dele pra pegar o pedaço da sua boca. Mas como nada acontece como é pra acontecer, ele sugou o pedaço pra dentro da sua boca fazendo eu lhe dar um selinho. Genial da parte dele, mas como sou mais esperta continuei beijando-o e consegui pegar o resto da torrada que estava em sua mão. Parei de beijá-lo e comi a torrada rindo da sua cara confusa. Terminamos de comer e fomos pro instituto. No corredor do prédio ele entrelaçou nossos dedos e descemos até o hall pra pegar um táxi. Quando estava saindo do elevador dou de cara com Suga que me da um sorriso, mas assim que desce seus olhos pra minha mão com a do Kim fecha a cara e da meia volta sem nem olhar pra trás, sem nem olhar pra mim. Isso me perturbou um pouco, senti novamente aquele aperto no coração. Chegando no instituto me despeço do Kim com um selinho e vou pra minha sala. Passo pelo banheiro de deficientes e escuto uma discussão, mas decido não me intrometer.

Kary on

Assim que chego ao colégio, me despeço do casal e vou direto pra minha sala. Não quero dar de cara com ninguém no corredor, principalmente ele. Ando rápido pelos corredores que incrivelmente estão cheios hoje e opto por ir pelo corredor com os banheiros que estão sempre vazios. Sou puxada fortemente assim que passo por um dos banheiros. Me solto da pessoa e olho para os cantos procurando pela porta, por curiosidade acabo fitando o rosto da pessoa que me puxou, estava um pouco irreconhecível por conta da má iluminação do banheiro que estava em completa escuridão, sendo iluminado apenas pela claridade que vinha da janela

- Posso me explicar agora? – reconheço a voz e já sou tomada por lembranças do dia anterior. Ele se aproxima aos poucos de mim e tenta me tocar, mas eu recuo. As lágrimas começam a arder nos meus olhos querendo sair – Kary eu posso lhe explicar, por favor me escuta – ele se aproxima de mim e põe suas mãos uma em cada braço meu. Balancei minha cabeça em negação e as lágrimas continuavam a rolar. Por um instante me lembrei de novo do que ele fez e a raiva toma conta do meu ser.

- Não toque em mim – acabado alterando a voz, o olho com desgosto e me desvio dele indo em direção a porta, porém ele segura minha mão antes de eu pegar a maçaneta, vejo seus olhos implorando, mas a raiva falou mais alto e aquela cena não saía da minha cabeça – Eu disse pra não tocar em mim – puxei bruscamente meu braço fazendo-o cambalear um pouco pra trás. Encarei seu rosto por alguns minutos e vi lágrimas escorrendo por suas bochechas. Aquilo fez meu coração se despedaçar, mais do que já estava. Eu não via mais o Jimin que conheci antes, aquele mulherengo, autoconfiante, que acha que consegue tudo com um sorriso. Na minha frente agora eu estava vendo outra parte dele, um homem frágil, deprimido e impotente, tudo isso por minha causa.

- Miane Kary, miane, miane – repetiu diversas vezes de joelhos na minha frente. Vê-lo chorando de joelhos por mim estava me destruindo por dentro. Como fui capaz de fazer isso com ele? Agachei-me junto dele e olhei a sua face. Suas bochechas e lábios estavam rubros, abaixo dos olhos podiam-se ver grandes olheiras de choro e de noite mal dormida. Limpei algumas lágrimas que ainda escorriam por sua pele e dei um selinho demorado em sua bochecha. Os soluços foram parando aos poucos e seu corpo relaxando conforme a respiração voltava ao normal. Senti ele deslizar sua cabeça até que sua boca encontrou a minha, ele selou nossos lábios em um beijo carinhoso. Um beijo que eu tanto desejei, da pessoa que amo. Ele se separou de mim e começou a remexer os bolsos. Assim que achou voltou a olhar pra mim e deu um sorriso doce.

- A surpresa que eu iria fazer era essa – levantou uma caixinha aveludada vermelha e a abriu mostrando um lindo anel prata com pedrinhas brilhantes ao redor – Karyna quer namorar comigo? – olhei para o anel e depois para ele, dei o meu melhor sorriso e derramei algumas lágrimas.

-Sim – seu sorriso foi de orelha a orelha. Pegou minha mão delicadamente e pôs o anel no meu dedo anelar e o beijou, voltou seu rosto para o meu e começou um beijo intenso e cheio de amor. Se eu esqueci o que ele fez? Não, mas eu amo ele e vou tentar ser feliz ao seu lado - Te amo Park Jimin desde do dia que te bati - soltei um risada no final e pude escutar ele rir também 

- Também te amo Karyna, desde o momento que vc me bateu - rimos novamente e nos beijamos.

Face do Passado (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora