Capítulo 1

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                                                                                                             Lisa Nogma

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                     Lisa Nogma

                                                                                             Labareda

                                                                                                    de

                                                                                              Sombras    

 

"As estações que passam sem mudar e a esperança do desabrochar."






Capítulo 1

Mare

A tempestade é incessante do lado de fora. Dentro do abutre está quente e abafado.

A eletricidade de toda a máquina passa debaixo dos pés de Mare, como se fizesse parte dela. Cal pilota a aeronave com destreza, mesmo nervoso com a agitação do tempo que os abraça.

Está realmente muito quente. Mesmo acostumada com o calor e o ar abafado de Palafitas, Mare, se agita na poltrona e culpa silenciosamente Cal por provocar, mesmo que sem querer, o calor escaldante dentro do avião.

No comando do Abutre, Ada está no papel do copiloto. Mesmo já tendo decorado todo o manual da aeronave e ter visto várias vezes Cal pilotando, ela ainda prefere ajudar ao seu lado, com os mapas e rosas do vento ao invés das ignições. Logo atrás das poltronas dos pilotos está Farley e Shade, um sentado à frente do outro. Ela revira mapas de Norta, Lakeland e Piedmont, além de relatórios de comandantes da Guarda Escarlat, no qual certamente constam em detalhes os acontecimentos diários dos acampamentos da Guarda espalhados pelos países. Shade permanece imóvel com os braços cruzados no peito. Mare sempre soube que ele nunca fora muito fã de altura, ainda mais com tanta turbulência com a qual estavam passando naquele momento.

Depois de terem passado por várias cidades e já terem encontrado vários sanguenovos da longa lista que Julian havia feito e entregue a Mare quando morava no palácio de whatfire, ainda faltava alguns que não foram alcançados. Mare, que não largava da mão os papéis que continham os nomes e identidades dos sanguenovos, segurava-os tão firme, parecendo que do contrário, se por algum acaso do destino ela afrouxa-se os dedos, mesmo que pouco, eles fugiriam dela, direto para as garras de Maven. Em contrapartida, a chuva e os ventos do lado de fora estavam tão destruidores que se conseguissem sair daquele avião ilesos, então, certamente, sobreviveriam ao rei.

Maven.

A corrida era grande e decisiva para os sanguenovos. Se chegássemos primeiro explicariam a situação e deixariam que a pessoa decidisse por própria conta e risco, tendo a oportunidade de decidir os próximos passos de seu futuro, que viraria ainda mais incerto. Se fosse Maven a lhe encontrar a única coisa que os aguardava era, com certeza, apenas uma escolha, um futuro totalmente certo. A morte.

A Rainha Vermelha I Fanfic A rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora