O Filho do Alfa

Amanhecer

"Quero estar com você
Olhar para você
Até que o encanto se acabe ao amanhecer." Sue.

Lua, já controlando seu corpo, e sem acreditar que tudo aquilo estava realmente acontecendo, correu o mais rápido que pôde e caiu na água, nadando até Jeongguk, que estava submerso. As mãos seguraram firme o corpo do Alfa e ela o trouxe para a superfície. – Eu vou te matar depois que sairmos daqui. – ela rosnou irada e nadou até a margem, onde assim que chegou pôs o corpo frio dele, que estava desacordado. – Acorda, Jeon! – Lua começou a fazer respiração boca a boca em Jeon, que não demorou a tossir a água que havia engolido. – Que merda você estava pensando? – Jeon olhou-a por longos segundos e sorriu de maneira singela ao perceber que não estava sonhando. – Jeon, o que planejava fazer?

– Acabar com tudo.

– Você é tão covarde assim? – o moreno se levantou e ficou de costas para ela, que também se colocou de pé e virou-o para encará-la. – Estou falando com você.

– Eu não quero viver sem te ter comigo, não quero assumir algo ao lado da Akyla, não quero ser um Alfa infeliz.

– Jeon, você precisa aceitar que nos cruzamos por um acaso e que talvez nossa relação seja impossível.

– Não, não irei aceitar! – Jeongguk gritou e passou as mãos pelos cabelos molhados. – Eu te amo tanto que às vezes penso que ficarei louco.

– Jeon...

– Você não me ama como eu te amo, eu sinto isso.

– Onde você sente? Por que me toma desta forma? Acha que se eu não te amasse teria te tirado daquela água? – os olhos de Lua se tornaram âmbares e ela golpeou o rosto do Alfa, fazendo-o virar a face. – Nunca mais fale o que você não sabe, nunca mais se atreva a pensar em se matar, nunca mais pense na maldita ideia de partir sem me levar junto. – Lua caiu de joelhos e abaixou a cabeça. – Quero que faça algo.

– O quê? – Jeongguk se abaixou e ficou frente a frente com sua amada.

– Case-se com a Akyla e tente ser feliz, assim como também farei. Jeon, temos destinos diferentes.

– Como pode me pedir isso? – Jeongguk sentou e levou as mãos até o rosto, por onde começou a escorrer lágrimas.

– Não percebe que só estamos sofrendo? Precisamos seguir em frente, mesmo que sejamos tão apaixonados um pelo outro. – Lua o olhou em silêncio por um tempo e depois o puxou para um abraço apertado. – É necessário, meu amor.

– Juro que se não nos vermos mais, eu me tornarei um monstro.

– Você não pode fazer isso.

– Não só posso, como farei. – Jeongguk se afastou e voltou a ficar de pé. – O menino Alfa que todos subestimam se tornará uma fera ceifadora de vidas.

– Para com isso! Pessoas inocentes não podem pagar pelo fato de não podermos ficar juntos.

– Não matarei só inocentes, matarei todos que me tiraram você, inclusive a Akyla. Se eu não estivesse preso à aquela maldita, eu poderia te fazer minha.

– Jeongguk, você não pode desafiar a Akyla, aquela mulher é perigosa. Prometa que não fará nada.

– Não.

– Prometa! – Lua se pôs de pé e se aproximou de Jeon de forma abrupta, segurando-o com força pelos cabelos e fazendo-o olhá-la nos olhos. – Me prometa.

– Não posso prometer algo que não cumprirei.

– Se você fizer algo, eu mesma te mato.

– Vai matar o homem que você ama? Ah, esqueci, você não me ama.