Aliança de sangue

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"A vida não apaga os caminhos que o sangue trilha.".

      O Audi preto seguia pela estrada em direção a Seul enquanto Lua descansava a cabeça contra o vidro do carro e Yoongi mantinha as duas mãos no volante, vez ou outra a olhando de soslaio. ── Será que você pode parar de me olhar? ── a voz chateada chegou aos ouvidos do loiro, que sorriu.

── Não estou a fim. Sabe, não sei por que você me enxerga como um inimigo. ── Lua desencostou a cabeça do vidro e o olhou.

── Não te vejo como um inimigo, só não aprecio a ideia de que terei que ficar contigo.

── Não sou tão mau assim. Afinal, o que aquele lobo tem?

── Não consigo explicar, só sei que é mais forte que eu a necessidade de ama-lo.

── Odeio te ouvir falar assim.

── Você perguntou.

── Me lembre de não perguntar mais. Lua, você precisa me dá uma chance, ou nossa convivência será insuportável.

── Você está pedindo demais. Vamos com calma. ── Yoongi se calou e acelerou o carro, permanecendo desta maneira até chegar à enorme comunidade de lobos localizada nos arredores de Seul, uma área pouco conhecida e de difícil acesso. ── Vamos seguir a pé. ── o Min estacionou o carro e saiu, ação que foi copiada por Lua.

── Estamos longe?

── Não. ── o automóvel foi travado e ambos seguiram pela trilha até chegarem à comunidade, onde várias pessoas cessaram seus afazeres para observar os que estavam chegando.

── Hyung! ── a voz grave despertou a atenção de Yoongi, que se virou e encontrou o amigo.

── Não deveria estar cuidando da sua loba, TaeHyung? Aquele filhote pode nascer a qualquer momento.

── A Sasa está bem. Fico feliz que esteja de volta. ── o rapaz se aproximou e se curvou perante o lobo da guarda. ── Quem é esta? ── os olhos curiosos do beta se dirigiram a Lua, que o olhou com o intenso olhar âmbar e fez o rapaz se arrepiar. ── Oh meu Deus! ── TaeHyung caiu de joelhos em forma de respeito e Lua se abaixou para falar com ele.

── Por que fez isso?

── O espírito lendário está diante dos meus olhos, devo respeito.

── Se levante, TaeHyung. ── Lua ajudou o beta e quando o teve frente a frente consigo outra vez, o segurou pelos ombros e olhou nos olhos dele. ── Me chame de Lua. ── um sorriso simpático foi dirigido a ele, que retribuiu. ── Seremos amigos, okay?

── Okay.

── Yoongi, ele eu não quero que se curve, mas você... Ah, eu adoraria te ver jogado aos meus pés.

── Há! Há! Coitada!

── Atrevido. ── Lua revirou os olhos e se despediu de TaeHyung, que permaneceu olhando-a de forma embasbacada. ── Vamos logo ver aquele que dizem ser meu pai.

── Me acompanhe. ── Yoongi seguiu caminhando pelo chão de pedras entre os chalés tendo Lua em seu encalço até chegar a um chalé mais reservado e maior. ── Pode entrar, você não precisará de mim para falar com teu pai.

Ela puxou o ar com força para seus pulmões e subiu os três degraus que a davam acesso a porta de entrada. ── Seja o que Deus quiser. ── sussurrou e abriu a estrutura de madeira. ── Estou entrando!

── Quem está aí? ── a voz rouca, mas intensa, a fez recuar dois passos. ── Eu fiz uma pergunta. ── Lua tomou coragem e com a voz trêmula pronunciou seu nome.

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