Amizades, conversas e mudanças

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No dia seguinte, Dumbledore foi até a Toca. Queria explicar pessoalmente aos pais de Rony o porquê da decisão.
-Professor Dumbldedore! Que surpresa! Aconteceu algo?-perguntou Molly.
-Ah... Eu diria "sim" e "não". Não, pois não foi culpa dele, e sim, pois é a primeira vez que isto acontece, e foi uma decisão minha.
-Alvo, está me assustando!
-Eu transferi um aluno de Casa. Ou melhor, dois.
Dumbledore explicou o fato de Draco ser um nascido trouxa, que tomou a poção do esquecimento e se esquecera de que era um Malfoy e Sonserino.
-Puxa... Como estará Narcisa?-Arthur perguntou.
-Ela está bem. Foi ela que contou a ele que é um nascido trouxa. Logo após Draco acordar dos 2 dias de obliviação, Severo foi explicar tudo à ela, quanto ao fato dele ter se esquecido de tudo.. Mas quem me dera que fosse só isto.
-E... Não é?-perguntou Molly.
-A escola de Hogwarts tem 280 alunos. São 70 por casa, 10 por ano e 5 por dormitório. Draco agora é da Grifinória, o que significa que, se ninguém fosse para a Sonserina, a Casa ficaria em desfalque pelo número de alunos, assim como a Grifinória ficaria lotada. Então... Eu decidi passar o único aluno do sexto ano da Grifinória de sangue puro para a casa de Sonserina. O sr. Ronald Weasley.
-O quê? Mas... O chapéu... E... Rony não era o único...
-A minha decisão já está tomada. Bom, se me permitem, agora devo ir.
Para Draco, estar na Grifinória estava sendo tranquilo até demais. Na primeira noite na nova Casa, ele ficou conversando com Harry, quando Neville, Dino e Simas já dormiam.
-Isso é muito esquisito...-disse o de olhos verdes.
-Eu sei, Harry, mas com o tempo, você se acostuma. Para mim, foi um tremendo choque, quando soube que era um nascido trouxa. Mas então, decidi mudar a minha vida. Fui até Snape junto à Hermione, onde tomei uma poção do esquecimento. É como um obliviate, sem a varinha.
-Mas então... Como se lembra de quem sou eu? Como se lembra de Hermione, de Hogwarts, dos feitiços?
-É porque a poção só elimina as memórias ruins. Neste caso, sobre os Malfoy, Sonserina... E Voldemort.
Harry arregalou os olhos ao ouvir o loiro pronunciar o nome do bruxo das trevas.
-Ela não funciona mais.-Draco disse. Harry ia perguntar sobre o quê o garoto falava, mas viu este levantar a manga esquerda de sua blusa e deixar visível...
-A marca negra! Eu estava certo!
-Sim. Mas como eu disse, ela não funciona mais. Quando acordei dos dois dias desacordado, levei um tremendo susto ao vê-la aí, afinal, eu perdi a memória, não me lembro de nada sobre os... Como se chamam? Comedores da morte?
-Comensais da morte, você quer dizer, não?
-Isso. Snape me contou que ela fora posta a fogo aqui, por isto não pode ser retirada. Ele então tocou a varinha nela, mas nada aconteceu. Ele saiu dali e me deixou sozinho com Hermione, que me explicou tudo. Quem realmente é Voldemort, quem são os comensais e sobre qual era a minha missão antes de ter a memória apagada.
-Ela... Sabia?
-É claro que sabia! Desde a primeira vez em que fui para a ala hospitalar neste ano.
-Mas já fazem quase três meses!! Por que ela não...
-Porque eu pedi.
-Entendo. Draco... Qual era a sua missão?
-Eu... Não me lembro. Bom, vou dormir. Boa noite, Harry.
-Noite.
Os dois dormiram.
Para Rony, estar na Sonserina era algo muito estranho. Mesmo com o diretor indo à toca, isto não impediu que o ruivo recebesse, no dia seguinte, uma carta da mãe na hora do café. Estava em um envelope vermelho, o que fez o ruivo se assustar.
-Essa não... De novo?
-Ih! O Ronald recebeu um berrador!-disse Crabbe.
Draco, Harry, Hermione e alguns outros grifinórios assistiam à cena um pouco espantados.
-Quatro anos depois, a história se repete...-Draco cochichou para Hermione e Harry.
-Abre logo, Ron!-disse uma das gêmeas.
Rony estava trêmulo. Abriu o envelope, mas diferente do que ele e muitos outros ali pensaram, não era um berrador. Era uma simples carta, na qual a sra. Weasley dizia não estar muito satisfeita com a situação do filho por este estar na Sonserina, mesmo com Dumbledore tendo ido em casa explicar.
-Hum... É só uma carta. Depois leio.-ele deixou a carta cair, pensando que havia colocado no bolso. Logo em seguida, ele se levantou, junto aos demais alunos para ir à primeira aula do dia. Ninguém da Sonserina se importou em pegar a carta caída, ninguém parecia ter visto. Ninguém, exceto Hermione, Draco e Harry.
-O que vai fazer, Draco?-perguntou Hermione, vendo o namorado indo pegar a carta no chão.
-O que você faria? Ora, Hermione... Vou entregar ela ao Weasley... Ele sendo um sonserino... Acho que ainda me lembro onde fica a sala comunal.
Quando eles iam se aproximando da masmorra, foram parados por Crabbe, Goyle, Pansy Parkinson e Blásio Zabini.,
-O que fazem aqui? Draco, caso não se recorde...-Pansy começou a dizer, mas Draco a interrompeu.
-Eu sei, Parkinson, não sou mais da Sonserina. Só vim entregar esta carta ao Weasley, ele a deixou cair na hora do café.
-Ah... Muito obrigado. Estou vendo que as coisas já mudaram bastante, não é mesmo? O que um dia pode fazer em nossas vidas...
-Lhe digo o mesmo, Weasley. Bom... Era só isso. Vamos.
Os três voltaram ao salão.
-Um único dia... E nossas vidas já viraram de cabeça para baixo!-disse Draco.
-Fica calmo, meu amor. Tudo vai ficar bem.
Era o que Hermione pensava.

O nascido trouxa de SlytherinOnde histórias criam vida. Descubra agora