XVI: Absolutismo

18 0 0
                                    

O Absolutismo foi uma prática política criada na Europa, a partir do século XV, que defendia o poder total na mão dos reis. No fim da Idade Média, uma aliança entre o rei e a burguesia fez mudar o mapa político europeu. A burguesia se beneficiou com a existência de uma só língua, uma só moeda e mais segurança nas transações comerciais. O rei também se beneficiou, pois obteve mais dinheiro, exército e poder em suas mãos.

Desta aliança, surgiram as monarquias nacionais, territórios unificados (países) sob o comando de um rei com amplos poderes na mão. A prática econômica do absolutismo foi o Mercantilismo. O governo absolutista interferia muito na economia dos países, buscando desenvolvimento econômico através do acúmulo de riquezas.

TEÓRICOS ABSOLUTISTAS

O poder do rei foi justificado através da ação dos teóricos ou pensadores absolutistas. Estes teóricos defendiam ideias cujo impacto foi tão grande, que funcionavam como marketing político para convencer o povo. Uma das ideias com grande alcance foi a teoria do Direito Divino dos Reis, que defendia que o poder do rei era sagrado e de origem divina, sendo assim pecado desobedecê-lo. Alguns dos principais teóricos absolutistas foram: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jacques Bossuet e Jean Bodin.

NICOLAU MAQUIAVEL

Maquiavel foi um diplomata e historiador italiano. Criou a obra O Príncipe, em 1532, na qual defendia que o monarca deveria utilizar de qualquer meio, lícito ou não, para manter o controle do seu reino. A frase que resume suas ideias é: "Os fins justificam os meios". A Itália foi uma das últimas regiões unificadas na Europa. A unificação tardia ocorreu em 1870.

THOMAS HOBBES

Hobbes foi um matemático e filósofo inglês. Criou a obra Leviatã, em 1651, na qual discorreu sobre a natureza humana e a necessidade de governos e sociedades. Dizia que o ser humano, no estado natural, é cruel e vingativo, necessitando de um governo forte e centralizado para manter o seu controle. A frase que resume suas ideias é: "O homem é o lobo do homem".

JEAN BODIN

Bodin foi um jurista francês, membro do Parlamento e professor de Direito. Criou a obra "Os Seis livros da República", em 1576, na qual defendia que a soberania é um poder perpétuo e ilimitado. Sendo assim, as únicas limitações do soberano eram a lei divina e a lei natural. Bodin usava de argumento religioso para justificar o poder do rei, da mesma forma que Bossuet. 

JACQUES BOSSUET

Bossuet foi um bispo e teólogo francês. Criou a obra "Política tirada da Sagrada Escritura", em 1709, na qual criou o argumento que o governo era divino e os reis recebiam o seu poder de Deus. Assim, desobedecer a autoridade real seria considerado um pecado mortal. Um dos reis que se valeu de suas ideias foi o monarca absolutista Luís XIV.

LUÍS XIV

Luís XIV foi rei da França entre 1643 e 1715. Devido ao seu poder, ficou conhecido como Rei-Sol. Foi autor da frase: "O estado sou eu", que resume o espírito absolutista da época. Durante o seu reinado, foi construído o luxuoso Palácio de Versalhes, que foi morada da família real francesa a partir de 1683. Vale lembrar que houve muitos outros monarcas absolutistas, como: Henrique VIII da Inglaterra; Fernando e Isabel, da Espanha; D. João V, de Portugal, entre outros.



história;Onde histórias criam vida. Descubra agora