nudes ➸ sammy wilk

forty six

Eu me virava para um lado e para o outro na cama.

Apesar de não ser a única ali acordado naquela casa, pois dava para ouvir risadas do quarto ao lado que já estava começando a me incomodar.

Me sentei na cama vendo as horas no visor do celular onde marcavam 2h da madrugada e descidi ir até a cozinha para comer algo.

Eu realmente pensei que poderia me livrar um pouco do sammy e ficar um pouco em paz e sossegada, mas nada disso aconteceu, infelizmente.

Peguei um casaco fino que eu o havia deixado pendurado atrás da porta do meu quarto e abri a mesma.

O corredor escuro me fez ter um pequeno calafrio e então desci as escadas com cuidado procurando a cozinha logo após.

— você por aqui?

A voz grossa que acabava de se pronunciar me fez soltar um pequeno suspiro de alívio, e ao mesmo tempo querer voltar para o quarto, cheguei até me virar de costas para tentar uma estratégia de sair dali o mais rápido possível, mas eu teria que encarar os meus medos, não é mesmo?

— sammy. - falei ligando a luz da cozinha o vendo sentado no balcão bebendo. — sabia que não é você quem oaga a luz daqui, ne?

— é mesmo, mas fiquei com preguiça de ligar, mas enfim, o que a trás aqui a essa hora? - ele perguntou estendendo o copo com o que parecia wisky.

— gemidos? - fiz uma careta enquanto sammy começou a rir e eu levei o copo a boca bebendo um pouco e devolvendo o copo.

— parece até um coro, acho que estão todos...

— não precisa terminar. - ele riu. — eu te conheço, sei o que você vai falar. - e ele deu mais um gole da bebida fazendo eu olhar para o chão desconfortável.

Caminhei até a geladeira e procurei por comida o que foi um ato inútil já que só tinha refrigerante e cerveja.

— tem umas bolachas aqui se quiser comer, acho que você deve tá com fome já que não desceu pra comer e ficou trancada no quarto fazendo vários nadas.

— obrigada. - falei pegando o pote. — estava trancada fugindo de todos, aliás, ninguém gosta de ser a tocha olímpica.

— tocha olímpica? não seria vela? - ele disse um pouco confuso.

— tá mais pra candelabro. - dei de ombros levando a bolacha até a boca. — sabe, eu tenho medo dessa casa, ela é escura e fica no meio do mato.

— talvez seja só paranóia sua, sabe. - ele ri. — você sempre foi medrosa.

O olhei com cara feia enquanto ele me encarava com um sorrisinho no seu rosto.

— o que vocês tão fazendo aqui a essa hora? - nathan apareceu na porta com cara de sono.

— tinha que ser o estraga prazeres. mas e ai amigo, o sexo tava bom ne. - sammy deu dois tapinhas no peito de nate e sorriu.

eu não sei se eu agradeço ou se eu mato ele por aparecer aqui agora.

— eu vou dormir, boa noite. - falei saindo da cozinha escutando um boa noite dos dois e um suspiro de algum dos dois, era mais provável ser do sammy.